Interação da proteína efetora VipA de Legionella pneumophila com componentes da via endocítica da célula hospedeira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Saraiva, Joana Isabel Freitas
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/114039
Resumo: Legionella pneumophila é o agente etiológico da Doença dos Legionários. Esta bactéria tem a capacidade de sobreviver no interior de protozoários e de infetar macrófagos humanos, recorrendo a um sistema de secreção responsável pela translocação de mais de 300 proteínas efetoras para o hospedeiro. VipA, um destes efetores, foi identificada como um nucleador de actina, capaz de interferir com o tráfego membranar em levedura, e de interagir com a proteína Rab5 associada à via endocítica. No sentido de explorar a interação entre VipA e Rab5, este trabalho teve como objetivos determinar a influência de Rab5 na polimerização de actina mediada por VipA, averiguar a interação VipA-Rab5 em contexto de infeção e estudar a interação de estirpes relevantes de L. pneumophila com a via endocítica. Foram efetuados ensaios: de actina-pireno in vitro; de translocação; de quantificação da co-localização de estirpes de L. pneumophila com endossomas precoces e lisossomas; e de replicação intracelular em macrófagos. Os ensaios de actina-pireno demonstraram que a interação de VipA com Rab5 na sua forma ativa resulta numa inibição parcial da polimerização de actina mediada por VipA. Em microscopia de fluorescência, foi verificada uma maior associação de mutantes dotA com endossomas precoces e lisossomas comparativamente às outras estirpes estudadas. Nos mutantes vipA, foi demonstrado um efeito de complementação aquando da sobreexpressão de VipA, traduzida pela diminuição da percentagem de vacúolos EEA1-positivos. Os ensaios de replicação em macrófagos confirmaram uma menor viabilidade do mutante dotA, contrariamente às estirpes WT e mutante vipA. Finalmente, não foi possível retirar conclusões relativamente à interação VipA-Rab5 em contexto de infeção, dado que os resultados foram inconclusivos. Em suma, os resultados sugerem um papel de VipA na evasão da via endocítica, possivelmente através da sua interação com Rab5, contribuindo para a sua sobrevivência no hospedeiro.
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