Ansiedade em teletrabalho – O papel do burnout e do conflito trabalho-família
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/13779 |
Resumo: | O teletrabalho é uma realidade organizativa do trabalho cada vez mais comum, em particular após o período pandémico, levando um número crescente de trabalhadores a passar a exercer funções noutro local que não um local físico central estabelecido, o que resulta no potencial surgimento de novas problemáticas que afetam variáveis psicossociais, riscos e indicadores de saúde ocupacional dos trabalhadores. A presente investigação procura contribuir para uma análise teórica e empírica no âmbito da Psicologia da saúde ocupacional em teletrabalho, analisando como fatores demográficos e psicossociais podem estar associados com o desenvolvimento de problemáticas de saúde mental como o desenvolvimento de ansiedade e burnout. O estudo procura face à revisão da literatura e a resultados obtidos em investigações prévias, caracterizar teoricamente os conceitos de burnout, ansiedade e conflito trabalho-família (bem como analisar associações e relações preditivas). Os principais objetivos deste estudo passam por caracterizar e analisar diferenças nas variáveis burnout, ansiedade e conflito trabalho-família, em função de variáveis sociodemográficas e socioprofissionais, numa amostra de trabalhadores a exercer funções em teletrabalho. Esta investigação assenta, empiricamente, numa análise quantitativa de dados, recolhidos com recurso a questionários disseminados via online, permitindo a constituição de uma amostra de 101 participantes válidos a exercer funções em teletrabalho (em exclusividade ou em modo híbrido), com idades compreendidas entre os 22 e os 60 anos, apresentando uma média de idades de 34.08 anos e desvio-padrão de 8.783 e uma população maioritariamente masculina, pois 54 dos participantes são homens e 47 são mulheres. A recolha de dados foi efetuada através de um protocolo de recolha de dados que incluiu, entre outros instrumentos de avaliação, um questionário sociodemográfico/socioprofissional, o Burnout Assessment Tool (BAT), o Brief Symptom Inventory – 18 (BSI - 18) e o Copenhagen Psychosocial Questionnaire – II (COPSOQ - II). Em síntese, os resultados obtidos demonstraram que o burnout, a ansiedade e o conflito trabalho-família estão interligados, podendo ser observadas associações estatisticamente significativas entre as variáveis. Pelos testes de diferença, verificou-se que o género e as relações familiares, em particular não ter filhos, se apresentam como possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de burnout e de ansiedade, sendo que a modalidade de exercício de teletrabalho apenas mostrou um impacto distintivo no indicador de conflito trabalho-família. Através de testes de associação verificou-se a existência de uma correlação forte entre as variáveis burnout e ansiedade e entre as variáveis burnout e conflito trabalho-família. A partir da análise da regressão linear foi possível verificar o impacto significativo das dimensões exaustão e angústia psicológica na ansiedade. |
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Esta investigação assenta, empiricamente, numa análise quantitativa de dados, recolhidos com recurso a questionários disseminados via online, permitindo a constituição de uma amostra de 101 participantes válidos a exercer funções em teletrabalho (em exclusividade ou em modo híbrido), com idades compreendidas entre os 22 e os 60 anos, apresentando uma média de idades de 34.08 anos e desvio-padrão de 8.783 e uma população maioritariamente masculina, pois 54 dos participantes são homens e 47 são mulheres. A recolha de dados foi efetuada através de um protocolo de recolha de dados que incluiu, entre outros instrumentos de avaliação, um questionário sociodemográfico/socioprofissional, o Burnout Assessment Tool (BAT), o Brief Symptom Inventory – 18 (BSI - 18) e o Copenhagen Psychosocial Questionnaire – II (COPSOQ - II). Em síntese, os resultados obtidos demonstraram que o burnout, a ansiedade e o conflito trabalho-família estão interligados, podendo ser observadas associações estatisticamente significativas entre as variáveis. Pelos testes de diferença, verificou-se que o género e as relações familiares, em particular não ter filhos, se apresentam como possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de burnout e de ansiedade, sendo que a modalidade de exercício de teletrabalho apenas mostrou um impacto distintivo no indicador de conflito trabalho-família. Através de testes de associação verificou-se a existência de uma correlação forte entre as variáveis burnout e ansiedade e entre as variáveis burnout e conflito trabalho-família. A partir da análise da regressão linear foi possível verificar o impacto significativo das dimensões exaustão e angústia psicológica na ansiedade.Telecommuting is an increasingly common work organization reality, particularly after the pandemic period, leading a growing number of workers to start performing duties elsewhere other than in an established central physical location, which results in the potential emergence of problems that affect psychosocial variables and workers' occupational health risks and indicators. This investigation seeks to contribute to a theoretical and empirical analysis in the field of occupational health Psychology in telework, analysing how demographic and psychosocial factors may be associated with the development of mental health problems such as the development of anxiety and burnout. The study seeks to theoretically characterize the concepts of burnout, anxiety and work-family conflict in light of the literature review and results obtained in previous investigations (as well as to analyse associations and predictive relationships). The main objectives of this study are to characterize and analyse differences in burnout, anxiety and work-family conflict variables, regarding socio-demographic and socio-professional variables, in a sample of workers performing telecommuting functions. This investigation is based, empirically, on a quantitative analysis of data, collected using questionnaires shared via online, allowing the constitution of a sample of 101 valid participants working remotely (exclusively or hybrid), aged between 22 and 60 years old, presenting a mean age of 34.08 years and standard deviation of 8,783 and a mostly male population, as 54 of the participants are men and 47 are women. Data collection was carried out through a data collection protocol that included, among other evaluation instruments, a sociodemographic/socioprofessional questionnaire, the Burnout Assessment Tool (BAT), the Brief Symptom Inventory – 18 (BSI - 18) and the Copenhagen Psychosocial Questionnaire – II (COPSOQ - II). In summary, the results showed that burnout, anxiety and work-family conflict are interconnected, with statistically significant associations being observed between the variables. Through the difference tests, it was found that gender and family relationships, in particular not having children, are possible risk factors for the development of burnout and anxiety, with teleworking exercise modality only showed a distinctive impact on the work-family conflict indicator. Through association tests, it was verified the existence of a strong correlation between the variables burnout and anxiety and between the variables burnout and work-family conflict. Based on the linear regression analysis, it was possible to verify the significant impact of the dimensions exhaustion and psychological distress on anxiety.Monteiro, Samuel José FonsecauBibliorumBorges, Inês Gomes2023-11-23T14:56:44Z2023-07-202023-06-302023-07-20T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/13779TID:203389905porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:57:29Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/13779Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:53:08.634456Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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