Relação entre conflito trabalho-família e burnout : exigências laborais e familiares
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/37329 |
Resumo: | Atualmente, a temática do burnout e do conflito trabalho-família/família-trabalho tem assumido um papel fundamental ao nível profissional e pessoal. Neste sentido, as exigências provenientes destes ambientes acabam por proporcionar incompatibilidades e gerar um impacto negativo na saúde dos trabalhadores. Como tal, o objetivo principal do presente estudo é estudar a relação entre o conflito trabalho-família e o burnout, num grupo de trabalhadores de uma empresa multinacional do setor eletrónico. O objetivo específico consiste em estudar a influência de alguns fatores sociodemográficas (género e horários por turnos e fixos) no conflito trabalho-família negativo e no burnout. Um estudo transversal de amostragem probabilística aleatória simples foi conduzido numa amostra de 239 sujeitos (55,2% do género masculino), com idades compreendidas entre os 21-65 anos. O questionário Survey Work-Home Interaction NijmeGens (S.W.I.N.G., Geurts, et al., 2005; traduzido e adaptado por Pereira, Queirós, Gonçalves, Carlotto, & Borges, 2014) e o questionário Oldenburg Burnout Inventory (OLBI, Demerouti et al., 2001; traduzido e adaptado por Sinval, Queirós, Pasian e Marôco, 2019) foram utilizados para analisar a relação entre o burnout e o conflito trabalho-família/família-trabalho, assim como a influência de alguns fatores sociodemográficas no comportamento destas variáveis. Foram obtidas corelações positivas estatisticamente significativas entre o conflito trabalho-família negativo e o burnout (escala geral, p=<.001), a exaustão emocional (p=<.001) e o distanciamento (p=.002). Ainda, foram observados valores estatisticamente superiores na dimensão distanciamento no género masculino (p=.042), comparativamente ao género feminino, assim como no conflito trabalho-família negativo em trabalhadores que realizam horários por turnos (p=.007), relativamente a horários fixos. O presente estudo parece indicar que o conflito trabalho-família negativo está relacionado com níveis superiores de burnout, exaustão e distanciamento especialmente em horários por turnos, e que o género masculino poderá implicar níveis superiores de distanciamento. |
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Um estudo transversal de amostragem probabilística aleatória simples foi conduzido numa amostra de 239 sujeitos (55,2% do género masculino), com idades compreendidas entre os 21-65 anos. O questionário Survey Work-Home Interaction NijmeGens (S.W.I.N.G., Geurts, et al., 2005; traduzido e adaptado por Pereira, Queirós, Gonçalves, Carlotto, & Borges, 2014) e o questionário Oldenburg Burnout Inventory (OLBI, Demerouti et al., 2001; traduzido e adaptado por Sinval, Queirós, Pasian e Marôco, 2019) foram utilizados para analisar a relação entre o burnout e o conflito trabalho-família/família-trabalho, assim como a influência de alguns fatores sociodemográficas no comportamento destas variáveis. Foram obtidas corelações positivas estatisticamente significativas entre o conflito trabalho-família negativo e o burnout (escala geral, p=<.001), a exaustão emocional (p=<.001) e o distanciamento (p=.002). Ainda, foram observados valores estatisticamente superiores na dimensão distanciamento no género masculino (p=.042), comparativamente ao género feminino, assim como no conflito trabalho-família negativo em trabalhadores que realizam horários por turnos (p=.007), relativamente a horários fixos. O presente estudo parece indicar que o conflito trabalho-família negativo está relacionado com níveis superiores de burnout, exaustão e distanciamento especialmente em horários por turnos, e que o género masculino poderá implicar níveis superiores de distanciamento.Currently, the theme of burnout and work-family/family-work conflict has assumed a fundamental role at the professional and personal level. In this sense, the demands arising from these environments end up providing incompatibilities and generating a negative impact on workers' health. As such, the main objective of this study is to study the relationship between work-family conflict and burnout in a group of workers from a multinational company in the electronics sector. The specific objective is to study the influence of some sociodemographic factors (gender and shift and fixed hours) on negative work-family conflict and burnout. A cross-sectional study of simple random sampling was conducted in sample of 239 subjects (55.2% male), aged between 21-65 years. A sociodemographic questionnaire, the Survey Work-Home Interaction NijmeGens questionnaire (SWING, Geurts, et al., 2005; translated and adapted by Pereira, Queirós, Gonçalves, Carlotto, & Borges, 2014) and the Oldenburg Burnout Inventory (OLBI, Demerouti et al., 2001; translated and adapted by Sinval, Queirós, Pasian and Marôco, 2019) were used to analyze the relationship between burnout and work-family/family-work conflict and the influence of some sociodemographic factors in their behavior. Statistically significant positive correlations were obtained between negative work-family conflict and burnout (complete scale, p=<.001), emotional exhaustion (p=<.001) and distancing (p=.002). Also, statistically higher values were observed in the distancing dimension in males (p=.042), compared to females; as well as in the negative work-family conflict in workers who work in shifts (p=.007), relatively to fixed hours. The present study seems to indicate that the negative work-family conflict is related to higher levels of burnout, exhaustion and distancing, especially in shift schedules, and that the male gender may imply higher levels of distancing.Peixoto, Ricardo Jorge de Oliveira PintoVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaMiranda, Rita Catarina Pinheiro2022-04-19T12:55:24Z2022-03-042021-122022-03-04T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/37329TID:202988988porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:42:46Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/37329Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:30:24.447316Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Atualmente, a temática do burnout e do conflito trabalho-família/família-trabalho tem assumido um papel fundamental ao nível profissional e pessoal. Neste sentido, as exigências provenientes destes ambientes acabam por proporcionar incompatibilidades e gerar um impacto negativo na saúde dos trabalhadores. Como tal, o objetivo principal do presente estudo é estudar a relação entre o conflito trabalho-família e o burnout, num grupo de trabalhadores de uma empresa multinacional do setor eletrónico. O objetivo específico consiste em estudar a influência de alguns fatores sociodemográficas (género e horários por turnos e fixos) no conflito trabalho-família negativo e no burnout. Um estudo transversal de amostragem probabilística aleatória simples foi conduzido numa amostra de 239 sujeitos (55,2% do género masculino), com idades compreendidas entre os 21-65 anos. O questionário Survey Work-Home Interaction NijmeGens (S.W.I.N.G., Geurts, et al., 2005; traduzido e adaptado por Pereira, Queirós, Gonçalves, Carlotto, & Borges, 2014) e o questionário Oldenburg Burnout Inventory (OLBI, Demerouti et al., 2001; traduzido e adaptado por Sinval, Queirós, Pasian e Marôco, 2019) foram utilizados para analisar a relação entre o burnout e o conflito trabalho-família/família-trabalho, assim como a influência de alguns fatores sociodemográficas no comportamento destas variáveis. Foram obtidas corelações positivas estatisticamente significativas entre o conflito trabalho-família negativo e o burnout (escala geral, p=<.001), a exaustão emocional (p=<.001) e o distanciamento (p=.002). Ainda, foram observados valores estatisticamente superiores na dimensão distanciamento no género masculino (p=.042), comparativamente ao género feminino, assim como no conflito trabalho-família negativo em trabalhadores que realizam horários por turnos (p=.007), relativamente a horários fixos. O presente estudo parece indicar que o conflito trabalho-família negativo está relacionado com níveis superiores de burnout, exaustão e distanciamento especialmente em horários por turnos, e que o género masculino poderá implicar níveis superiores de distanciamento. |
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