A influência dos recursos e capacidade da empresa e da orientação empreendedora na fomação de alianças: uma perspectiva de empreendedorismo colaborativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Manteigueiro, Patrícia Isabel do Carmo Pereira Costa
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/3011
Resumo: O ambiente complexo, turbulento e em constante mudança, em que as empresas operam, intensificou-se consideravelmente. Assim, o empreendedorismo é visto como um processo no qual os empresários procuram oportunidades sem considerar os recursos que têm sob controlo. O reconhecimento de oportunidades inclui actividades, tais como, a exploração da envolvente externa para novos mercados, necessidades não satisfeitas, problemas existentes nos processos de trabalho, bem como novas ideias de produtos. Neste sentido, o empreendedorismo requer a cooperação e a colaboração entre várias partes. De facto, um número crescente de empresas depende da formação de alianças para aceder aos recursos necessários para atingir os seus objectivos estratégicos. Até ao momento, o papel do empreendedorismo na investigação dentro da área das alianças, ou vice-versa, tem recebido uma atenção muito limitada. Em particular, a influência da orientação empreendedora e dos recursos das empresas na decisão de entrar numa aliança é um campo de investigação pouco explorado. Consequentemente, o objectivo deste estudo é preencher esta advertência. Ao fazer-se isso, uma das contribuições deste estudo está no desenvolvimento de teoria e numa melhor compreensão de como usar alianças como uma abordagem de empreendedorismo colaborativo. No presente estudo considerou-se como população/universo todas as empresas portuguesas inseridas numa base de dados fornecida pelo AICEP – Porto. A recolha de dados foi feita através de um questionário aplicado durante o mês de Abril de 2011. Este questionário online foi administrado com links personalizados e códigos de controlo de resposta. Das 1.620 empresas contactadas (amostra inicial), um total de 84 questionários preenchidos foi devolvido correctamente, gerando uma taxa de resposta de cerca de 5%. Nesta investigação, as variáveis independentes dizem respeito a 8 itens de recursos da empresa (tangíveis e intangíveis), a 2 itens relativos às capacidades específicas e 5 itens para a orientação empreendedora. Para a medição destas variáveis usaram-se 5 pontos de acordo com uma escala de Likert. A variável dependente foi a adopção ou não de alianças como forma de desenvolver actividades empreendedoras colaborativas. Para a análise dos dados, foi desenvolvido um processo de estimação desenvolvido através da utilização de regressão logística. Desta forma, avaliou-se o peso relativo dos estimadores significativos que influenciam a probabilidade da formação de alianças, ou seja, a orientação empresarial e os recursos e capacidades das empresas em análise. No geral, o modelo proposto de relações entre orientação empreendedora e recursos e capacidades da empresa parece ser parcialmente adequado para explicar a formação de alianças como um fenómeno do empreendedorismo colaborativo. Detectou-se que vários recursos determinam a decisão de usar alianças, em particular, os recursos tangíveis e organizacionais parecem exercer uma influência positiva sobre a decisão em formar alianças. No entanto, apesar das alianças serem geralmente vistas como uma contribuição vital para o empreendedorismo colaborativo, o seu impacto é fraco no modelo validado no presente estudo. A influência das várias dimensões da orientação empreendedora na formação de aliança aparece, todavia, de forma mista.
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Até ao momento, o papel do empreendedorismo na investigação dentro da área das alianças, ou vice-versa, tem recebido uma atenção muito limitada. Em particular, a influência da orientação empreendedora e dos recursos das empresas na decisão de entrar numa aliança é um campo de investigação pouco explorado. Consequentemente, o objectivo deste estudo é preencher esta advertência. Ao fazer-se isso, uma das contribuições deste estudo está no desenvolvimento de teoria e numa melhor compreensão de como usar alianças como uma abordagem de empreendedorismo colaborativo. No presente estudo considerou-se como população/universo todas as empresas portuguesas inseridas numa base de dados fornecida pelo AICEP – Porto. A recolha de dados foi feita através de um questionário aplicado durante o mês de Abril de 2011. Este questionário online foi administrado com links personalizados e códigos de controlo de resposta. Das 1.620 empresas contactadas (amostra inicial), um total de 84 questionários preenchidos foi devolvido correctamente, gerando uma taxa de resposta de cerca de 5%. Nesta investigação, as variáveis independentes dizem respeito a 8 itens de recursos da empresa (tangíveis e intangíveis), a 2 itens relativos às capacidades específicas e 5 itens para a orientação empreendedora. Para a medição destas variáveis usaram-se 5 pontos de acordo com uma escala de Likert. A variável dependente foi a adopção ou não de alianças como forma de desenvolver actividades empreendedoras colaborativas. Para a análise dos dados, foi desenvolvido um processo de estimação desenvolvido através da utilização de regressão logística. Desta forma, avaliou-se o peso relativo dos estimadores significativos que influenciam a probabilidade da formação de alianças, ou seja, a orientação empresarial e os recursos e capacidades das empresas em análise. No geral, o modelo proposto de relações entre orientação empreendedora e recursos e capacidades da empresa parece ser parcialmente adequado para explicar a formação de alianças como um fenómeno do empreendedorismo colaborativo. Detectou-se que vários recursos determinam a decisão de usar alianças, em particular, os recursos tangíveis e organizacionais parecem exercer uma influência positiva sobre a decisão em formar alianças. No entanto, apesar das alianças serem geralmente vistas como uma contribuição vital para o empreendedorismo colaborativo, o seu impacto é fraco no modelo validado no presente estudo. A influência das várias dimensões da orientação empreendedora na formação de aliança aparece, todavia, de forma mista.In recent years, the complex, turbulent and changing environment in which companies operate has greatly intensified. Thus, entrepreneurship is seen as a process in which entrepreneurs pursue opportunities without regard to resources currently under control Recognition of opportunities includes activities such as scanning the external environment for new markets, unmet needs, existing problems in work processes and new product ideas. In this sense, entrepreneurship tends to require cooperation and collaboration among many parties. In fact, a growing number of firms rely on alliances to capture the resources they need to achieve their strategic objectives. To date, the role of entrepreneurship in alliance research, or vice versa, has received very limited attention in the literature. In particular, the influence of entrepreneurial orientation and firm resources on the decision to enter into strategic alliance is an underresearched field. Consequently, the objective of our investigation is to fill this caveat. In doing so, our contribution lies in developing theory and a better understanding of how to use alliances as a collaborative entrepreneurship approach. The target population was firms in different industry sectors in Portugal. We built up an initial random sample of 1.620 firms. Data collection was made in April 2011 by an online questionnaire with personalised links and answer control codes. A total of 84 usable completed questionnaires were returned, yielding a response rate of 5%. As our independent variables, we employed 10 items associated with firm resources and skills and 5 items related to entrepreneurial orientation. For measurement, we employed five-point Likert scales. For the dependent (or explanatory) variable, a binary (or dichotomous) variable was used to determine the firms’ engagement in alliances. For data analysis, an estimation process was developed by making use of logistic regressions. In this way, we assess the relative weights of the significant estimators that influence the probability of using alliances, that is, the entrepreneurial orientation and firm resources under analysis. Overall, the proposed model of relationships among entrepreneurial orientation and firm resources seems to be partially suitable for explaining the use of alliances as a collaborative entrepreneurship phenomenon. We detected that several recourses determine the decision to use alliances. In particular, intangible and organisational resources seem to exert a positive influence on engagement in alliances. Nevertheless, despite alliances being generally seen as a vital contributor to collaborative entrepreneurship, their impact is weak in our model. The influence of the several dimensions of entrepreneurial orientation on alliance formation appears to be rather mixed.Franco, Mário José BaptistauBibliorumManteigueiro, Patrícia Isabel do Carmo Pereira Costa2015-02-09T12:32:05Z20112011-102011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/3011porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:39:16Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3011Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:44:33.299393Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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