Habilidades do Cuidador Informal para Cuidar da Pessoa Dependente no Autocuidado - A Integração dos Cuidados e a Capacitação Formal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Ana Catarina Figueiredo da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/4706
Resumo: Introdução: A capacitação do cuidador informal é fundamental para a sua adaptação ao papel, com efeitos na sua qualidade de vida, bem como na prestação de cuidados em si. Objetivos: Como objetivo geral pretende-se avaliar as habilidades dos cuidadores informais para cuidar da pessoa dependente no autocuidado na continuidade dos cuidados no regresso a casa após alta hospitalar. Como objetivos específicos salienta-se determinar as necessidades de capacitação referidas pelos cuidadores e percecionadas pelos enfermeiros que trabalham ou não numa Unidade Local de Saúde (ULS). Métodos: Estudo do tipo descritivo comparativo ao nível de duas instituições de saúde com modelos de gestão distintos (ULS e Não ULS), os dados foram recolhidos através de uma entrevista estruturada à pessoa dependente (n= 19) e seu cuidador (n=19), e aos enfermeiros (n=10) através de um questionário. Principais Resultados: De acordo com a sua opinião os enfermeiros de ambas as instituições promovem educação em áreas distintas, destacando-se na Não ULS as áreas da higiene e conforto, transferências, informações de como comunicar com a equipa de saúde e informações sobre recursos na comunidade. Maioritariamente os ensinos são realizados de forma informal. Os enfermeiros percecionam necessidades de informação no geral e da gestão da própria doença. Os cuidadores destacam necessidades na área da alimentação, em ambos os contextos, embora na ULS destaquem a higiene sanitária e na NULS a mobilidade, transferências, vestir e despir, medicação e gestão da própria doença. As pessoas apresentamse mais dependentes na ULS, nomeadamente nas áreas da higiene e conforto, mobilidade, vestir e despir, medicação e gestão de sinais e sintomas. Globalmente a família consegue de forma satisfatória prestar cuidados, no entanto ainda são referidas dúvidas, que no geral vão de encontro às necessidades mais destacadas pela pessoa dependente. Conclusões: A capacitação baseada em programas de apoio deve privilegiar as reais necessidades do cuidador informal, através de ações educativas a fim de melhorar a sua performance, com mecanismos facilitadores de suporte multiprofissional e maior acesso à informação. Ir de encontro às rotinas diárias contribui para melhorar a qualidade de vida e diminuir os problemas emocionais. O reconhecimento da singularidade de cada situação de saúde, tornar-se-á uma mais-valia, evitando reinternamentos e a exaustão do cuidador, uma vez que as necessidades estão a ser correspondidas.
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