Implementação do CAF no Centro Hospitalar do Baixo Vouga: boas práticas e sugestões de melhoria

• Autor(a) principal: Rei, Daniela Oliveira
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/30921
• topic: Qualidade; Sistemas de gestão da qualidade; Modelos de autoavaliação; Common Assessment Framework (CAF); Setor da Saúde; Centro Hospitalar do Baixo Vouga

A qualidade tem-se afirmado, ao longo do tempo, como um mecanismo importante para as organizações responderam aos desafios que surgem, passando por diversas fases e utilizando diferentes recursos. No contexto atual, os sistemas de gestão da qualidade constituem um recurso para as organizações gerirem a mudança, gerirem o seu desempenho e a qualidade e para se aproximarem às necessidades dos clientes, enfatizando os princípios da Gestão da Qualidade Total. Este trabalho de investigação tem como objetivo acompanhar as várias fases relativas à definição e implementação do Common Assessment Framework (CAF) no Centro Hospitalar do Baixo Vouga, procurando, deste modo, perceber o que poderá ser melhorado, no sentido de identificar boas-práticas que possam ser utilizadas por outras instituições do setor da saúde. Este estudo segue uma metodologia de investigação qualitativa, em que se procedeu ao desenho de um estudo de caso. Os dados foram obtidos através da observação participante e de entrevistas semiestruturadas realizadas a profissionais de saúde e aos profissionais que desenvolveram e implementaram o projeto CAF. Os resultados deste estudo demonstram que o processo de implementação do CAF no CHBV passou por algumas dificuldades, tais como: a COVID-19; a falta de uma estratégia e de uma cultura comum de qualidade; a não existência de um sistema integrado de qualidade; a falta de motivação por parte da maioria dos profissionais em participar em projetos de qualidade; a resistência à mudança por parte dos profissionais; dificuldades a nível do tempo disponível para participar num exercício deste tipo; problemas de comunicação do projeto, principalmente aos profissionais de saúde; e falta de divulgação dos resultados. Para além disso, constatou-se uma grande disparidade entre serviços, na medida em que alguns serviços têm prática na área da qualidade, ao passo que a maioria tem pouca experiência neste âmbito. O reconhecimento destas dificuldades permitiu a definição de propostas de melhoria, que contribuirão, certamente, para uma melhor implementação do CAF noutras instituições do setor da saúde.