Medidas sanitárias e terapêuticas na I Guerra Mundial: o caso da Sífilis.

• Autor(a) principal: Oliveira, Aliete Cristina Gomes Dias Pedrosa da Cunha
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Cunha-Oliveira, José
• Tipo de documento: Livro
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=OfyKjVds
• topic: Saúde Pública; Doenças vénereas; Sífilis; 1ª Guerra Mundial; Medidas sanitárias; Terapeútica

A sífilis constitui a infeção sexualmente transmissível mais grave da história da saúde pública até ao aparecimento da sida. Considerando o paradigma terapêutico e sanitário vigente durante a I Grande Guerra - anterior à primeira terapêutica realmente eficaz contra a doença, a penicilina - este período histórico deve ser considerado para todos os efeitos um período oitocentista. Com o presente trabalho pretendemos confrontar duas perspetivas de prevenção da sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis, corporizadas nos modelos seguidos pelos exércitos francês e americano, respetivamente, antes da descoberta da penicilina. Quanto à metodologia usada, procedeu-se à pesquisa na base de dados Medline com os termos MeSH: Syphilis; First World War; Great War; History; Portugal; nos arquivos digitais da Biblioteca das Ciências da Saúde da Universidade de Coimbra e da Biblioteca Nacional, em revistas da época na Biblioteca do Exército, e nos Arquivos do Instituto Central de Higiene. Nessas pesquisas recorreu-se a publicações editadas no último quartel do século XIX e 1.º quartel do século XX. Conclui-se que, apesar de todos os esforços de prevenção postos em prática durante a I Guerra Mundial em território europeu, só com a introdução da penicilina, duas décadas após o termo do conflito, foi possível estancar o avanço da doença e promover a sua acentuada regressão. E quando parecia ter sido dominada a doença, um novo recrudescimento surgiu com a associação à infeção VIH/sida.