O papel da microbiota da pele na fisiopatologia da alergia alimentar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/102381 |
Resumo: | Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina |
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O papel da microbiota da pele na fisiopatologia da alergia alimentarThe role of skin microbiome in the physiopathology of food allergyPeleMicrobiotaDisbioseDermatite AtópicaAlergia AlimentarSkinMicrobiotaDysbiosisAtopic dermatitisFood AllergyTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaCom o aumento da prevalência da alergia alimentar nas últimas décadas, é imperativo compreender a sua fisiopatologia para prevenir e tratar a doença. Para tal, perceber a forte relação entre a alergia alimentar e a dermatite atópica poderá desvendar os mecanismos subjacentes à patogénese da alergia alimentar. A sensibilização cutânea a alimentos é uma das explicações para esta relação. Esta é influenciada por fatores como o microbioma da pele, sendo este e a sua relação com a alergia alimentar o foco desta revisão. Neste trabalho foram utilizadas metodologias adequadas ao modelo de revisão narrativa, com pesquisa de artigos publicados a partir de 2015 nas bases de dados PubMed, EMBASE, Web of Science e Cochrane Central Register of Controlled Trials. A fisiopatologia da alergia alimentar envolve vários fatores genéticos e ambientais. Esta está associada a uma desregulação dos mecanismos de tolerância intestinal e à presença de certas condições que propiciam a uma resposta inflamatória alérgica. A alteração do microbioma da pele e a disfunção da barreira cutânea presentes na dermatite atópica são elementos importantes no desenvolvimento da alergia alimentar. O sistema imunitário parece ser a ligação entre todos os fatores envolvidos. Há evidência de que a disbiose da pele pode desencadear uma resposta inflamatória importante, com alteração da permeabilidade da pele e estimulação de uma resposta Th2 na presença de alergénios alimentares. A reação inflamatória da pele tem repercussões sistémicas com impacto importante no intestino. A mucosa intestinal poderá, assim, iniciar também uma resposta inflamatória, podendo deixar de promover a tolerância a alergénios alimentares. Desta forma, ocorre comunicação entre o intestino e a pele através de um eixo alicerçado principalmente nos mecanismos imunológicos que se teoriza haver. Tendo em conta o papel do microbioma da pele na alergia alimentar, propõem-se várias intervenções a este nível, como uso de emolientes, vacinas autólogas, probióticos e transplantes de microbioma cutâneo, no sentido de prevenir e tratar a dermatite atópica, protegendo a barreira cutânea, e assim ter um impacto positivo na alergia alimentar. Concluindo, é necessária uma investigação mais aprofundada dos mecanismos que estão subjacentes à fisiopatologia da alergia alimentar, bem como das possíveis intervenções discutidas para prevenir e tratar a patologia com base no microbioma da pele.With the increasing prevalence of food allergy in the last few decades, it is imperative to understand its pathophysiology in order to prevent and treat the disease. To this end, understanding the strong relationship between food allergy and atopic dermatitis may reveal the mechanisms underlying the pathogenesis of food allergy. Skin sensitization to food is one of the explanations for this relationship. This is influenced by, for example, the skin microbiome, which is, along with its relationship with food allergy, the focus of this review. We used appropriate methodologies to the narrative review model. We selected articles from the PubMed, EMBASE, Web of Science and Cochrane Central Register of Controlled Trials databases published from 2015 onwards. The pathophysiology of food allergy involves several genetic and environmental factors. The disruption of mechanisms that promote intestinal tolerance and the presence of certain conditions that favor an allergic inflammatory response are associated with its genesis. Disturbance of the skin microbiome and dysfunction of the skin barrier, elements present in atopic dermatitis, are important in the development of food allergy. The immune system seems to be the link between all the factors involved. There is evidence that skin dysbiosis can trigger an important inflammatory response, with alteration of skin permeability and stimulation of a Th2 response in the presence of food allergens. The inflammatory reaction on the skin has systemic repercussions, with an important impact on the intestine. The intestinal mucosa may also initiate an inflammatory response, which may no longer promote tolerance to food allergens. Communication occurs between the intestine and the skin through an axis based mainly on the immunological mechanisms that are theorized to exist. Taking into account the role of the skin microbiome in food allergy, several interventions are proposed at this level, such as the use of emollients, autologous vaccines, probiotics and skin microbiome transplants, in order to prevent and treat atopic dermatitis, protecting the skin barrier and thus having a positive impact on food allergy. In conclusion, further investigation is needed on the mechanisms that underlie the pathophysiology of food allergy, as well as the possible interventions discussed to prevent and treat the pathology based on the skin microbiome.2022-06-062028-06-04T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/102381http://hdl.handle.net/10316/102381TID:203065131porPastilha, Ana Catarina Gomes Lavrador de Carvalhoinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-10-27T11:08:50Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/102381Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:19:23.331283Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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