Antibioterapia das Infeções por Klebsiella pneumoniae
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/20402 |
Resumo: | As doenças infeciosas de etiologia bacteriana foram sempre um grave problema para a sociedade, não só pela sua fácil e rápida propagação, como pela elevada mortalidade e morbilidade. Após a descoberta da penicilina, em 1928, verificou-se um desenvolvimento exponencial de novos fármacos capazes de combater as infeções bacterianas, sendo a descoberta dos antibióticos um dos avanços científicos mais importantes do século XX. No entanto, com a massificação da sua utilização, muitas vezes inapropriada, a eficácia destes fármacos tem vindo a diminuir ao longo dos anos. A Klebsiella pneumoniae pertence à família Enterobacteriaceae e é reconhecida há muito tempo como um agente causador de doenças, descrito pela primeira vez por Carl Friedländer, em 1882, como causa de pneumonia. Na última década emergiu como uma grande ameaça clínica e de saúde pública devido ao aumento de infeções ligadas a estirpes multirresistentes associadas aos cuidados de saúde, produtoras de β-lactamases e/ou carbapenemases de espetro alargado, permanecendo, de acordo com o Programa Nacional de Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos no grupo das bactérias mais comuns e mais problemáticas a nível mundial. Em Portugal, a taxa de K. pneumoniae resistente aos carbapenemos tem aumentado progressivamente de 2,0% para 11,6%, entre 2012 e 2020, sendo atualmente, a 7.ª taxa mais elevada entre os países europeus participantes na rede de monitorização. Esta bactéria pode causar diversos tipos de infeções, como pneumonia, infeções do trato urinário, septicémia e infeção da pele e tecidos moles, entre outras. No que diz respeito à antibioterapia, destacam-se os β-lactâmicos, sendo os carbapenemos a última linha de atuação. Outras opções terapêuticas incluem os aminoglicosídeos, a tigeciclina, a eravaciclina, as fluoroquinolonas, o cotrimoxazol e, como última opção, a colistina. O farmacêutico, enquanto profissional de saúde e especialista do medicamento, poderá contribuir para alcançar os objetivos terapêuticos delineados, incluindo a melhoria na qualidade de vida dos utentes. Com efeito, a sua intervenção deve centrar-se na otimização dos benefícios da farmacoterapia e na gestão da doença, na prevenção e controlo de infeções e na promoção do uso racional de antibióticos. |
id |
RCAP_07f9165bc259100e18f363670f484e90 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:sapientia.ualg.pt:10400.1/20402 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Antibioterapia das Infeções por Klebsiella pneumoniaeKlebsiella pneumoniaeInfeções associadas aos cuidados de saúdeMecanismos de resistênciaAntibioterapiaFarmacêutico hospitalarAs doenças infeciosas de etiologia bacteriana foram sempre um grave problema para a sociedade, não só pela sua fácil e rápida propagação, como pela elevada mortalidade e morbilidade. Após a descoberta da penicilina, em 1928, verificou-se um desenvolvimento exponencial de novos fármacos capazes de combater as infeções bacterianas, sendo a descoberta dos antibióticos um dos avanços científicos mais importantes do século XX. No entanto, com a massificação da sua utilização, muitas vezes inapropriada, a eficácia destes fármacos tem vindo a diminuir ao longo dos anos. A Klebsiella pneumoniae pertence à família Enterobacteriaceae e é reconhecida há muito tempo como um agente causador de doenças, descrito pela primeira vez por Carl Friedländer, em 1882, como causa de pneumonia. Na última década emergiu como uma grande ameaça clínica e de saúde pública devido ao aumento de infeções ligadas a estirpes multirresistentes associadas aos cuidados de saúde, produtoras de β-lactamases e/ou carbapenemases de espetro alargado, permanecendo, de acordo com o Programa Nacional de Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos no grupo das bactérias mais comuns e mais problemáticas a nível mundial. Em Portugal, a taxa de K. pneumoniae resistente aos carbapenemos tem aumentado progressivamente de 2,0% para 11,6%, entre 2012 e 2020, sendo atualmente, a 7.ª taxa mais elevada entre os países europeus participantes na rede de monitorização. Esta bactéria pode causar diversos tipos de infeções, como pneumonia, infeções do trato urinário, septicémia e infeção da pele e tecidos moles, entre outras. No que diz respeito à antibioterapia, destacam-se os β-lactâmicos, sendo os carbapenemos a última linha de atuação. Outras opções terapêuticas incluem os aminoglicosídeos, a tigeciclina, a eravaciclina, as fluoroquinolonas, o cotrimoxazol e, como última opção, a colistina. O farmacêutico, enquanto profissional de saúde e especialista do medicamento, poderá contribuir para alcançar os objetivos terapêuticos delineados, incluindo a melhoria na qualidade de vida dos utentes. Com efeito, a sua intervenção deve centrar-se na otimização dos benefícios da farmacoterapia e na gestão da doença, na prevenção e controlo de infeções e na promoção do uso racional de antibióticos.Conceição, Jaime Manuel Guedes Morais daSapientiaValente, Tânia Basílio2024-02-16T11:43:47Z2023-11-142023-11-14T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/20402porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-29T10:30:09Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/20402Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-29T10:30:09Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Antibioterapia das Infeções por Klebsiella pneumoniae |
title |
Antibioterapia das Infeções por Klebsiella pneumoniae |
spellingShingle |
Antibioterapia das Infeções por Klebsiella pneumoniae Valente, Tânia Basílio Klebsiella pneumoniae Infeções associadas aos cuidados de saúde Mecanismos de resistência Antibioterapia Farmacêutico hospitalar |
title_short |
Antibioterapia das Infeções por Klebsiella pneumoniae |
title_full |
Antibioterapia das Infeções por Klebsiella pneumoniae |
title_fullStr |
Antibioterapia das Infeções por Klebsiella pneumoniae |
title_full_unstemmed |
Antibioterapia das Infeções por Klebsiella pneumoniae |
title_sort |
Antibioterapia das Infeções por Klebsiella pneumoniae |
author |
Valente, Tânia Basílio |
author_facet |
Valente, Tânia Basílio |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Conceição, Jaime Manuel Guedes Morais da Sapientia |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Valente, Tânia Basílio |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Klebsiella pneumoniae Infeções associadas aos cuidados de saúde Mecanismos de resistência Antibioterapia Farmacêutico hospitalar |
topic |
Klebsiella pneumoniae Infeções associadas aos cuidados de saúde Mecanismos de resistência Antibioterapia Farmacêutico hospitalar |
description |
As doenças infeciosas de etiologia bacteriana foram sempre um grave problema para a sociedade, não só pela sua fácil e rápida propagação, como pela elevada mortalidade e morbilidade. Após a descoberta da penicilina, em 1928, verificou-se um desenvolvimento exponencial de novos fármacos capazes de combater as infeções bacterianas, sendo a descoberta dos antibióticos um dos avanços científicos mais importantes do século XX. No entanto, com a massificação da sua utilização, muitas vezes inapropriada, a eficácia destes fármacos tem vindo a diminuir ao longo dos anos. A Klebsiella pneumoniae pertence à família Enterobacteriaceae e é reconhecida há muito tempo como um agente causador de doenças, descrito pela primeira vez por Carl Friedländer, em 1882, como causa de pneumonia. Na última década emergiu como uma grande ameaça clínica e de saúde pública devido ao aumento de infeções ligadas a estirpes multirresistentes associadas aos cuidados de saúde, produtoras de β-lactamases e/ou carbapenemases de espetro alargado, permanecendo, de acordo com o Programa Nacional de Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos no grupo das bactérias mais comuns e mais problemáticas a nível mundial. Em Portugal, a taxa de K. pneumoniae resistente aos carbapenemos tem aumentado progressivamente de 2,0% para 11,6%, entre 2012 e 2020, sendo atualmente, a 7.ª taxa mais elevada entre os países europeus participantes na rede de monitorização. Esta bactéria pode causar diversos tipos de infeções, como pneumonia, infeções do trato urinário, septicémia e infeção da pele e tecidos moles, entre outras. No que diz respeito à antibioterapia, destacam-se os β-lactâmicos, sendo os carbapenemos a última linha de atuação. Outras opções terapêuticas incluem os aminoglicosídeos, a tigeciclina, a eravaciclina, as fluoroquinolonas, o cotrimoxazol e, como última opção, a colistina. O farmacêutico, enquanto profissional de saúde e especialista do medicamento, poderá contribuir para alcançar os objetivos terapêuticos delineados, incluindo a melhoria na qualidade de vida dos utentes. Com efeito, a sua intervenção deve centrar-se na otimização dos benefícios da farmacoterapia e na gestão da doença, na prevenção e controlo de infeções e na promoção do uso racional de antibióticos. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023-11-14 2023-11-14T00:00:00Z 2024-02-16T11:43:47Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.1/20402 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.1/20402 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
mluisa.alvim@gmail.com |
_version_ |
1817549718740271104 |