Comparação das características cinemáticas do triplo salto entre atletas de nível nacional e internacional.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10314/4999 |
Resumo: | Definiu-se como objetivo deste estudo comparar as características cinemáticas do triplo salto masculino entre atletas de dois grupos distintos, de âmbito nacional e internacional, em contexto competitivo. Foi constituída uma amostra de 25 atletas, 13 de nível nacional e 12 de nível internacional, com uma média de idades de 24,92±4,48 anos. A metodologia utilizada centrouse na recolha de filmagens com recurso a três câmaras de vídeo digital, em contexto de competição, para ulterior estudo com recurso ao software de análise cinemática Kinovea e posterior comparação numa perspetiva de cinemática linear e angular. Recorreu-se ainda a um radar objetivando medir a velocidade final da corrida de balanço. No âmbito da análise linear, os atletas nacionais apresentaram um salto oficial inferior aos atletas internacionais, com uma média de 14,71±0,94m, o real com 15,01±0,90m com as perdas em torno de 0,30±0,16m. Nos atletas internacionais os valores situaram-se em 16,98±0,45m; 17,05±0,44m e 0,07±0,06m. A mesma tendência foi observada para a sequência dos três saltos parciais (hop, step e jump) com os atletas nacionais a apresentarem valores mais baixos que os internacionais de 5,27±0,43m; 4,22±0,48m e 5,51±0,42m, respetivamente. As amplitudes e valores percentuais médios dos resultados alcançados pelos atletas internacionais, para a mesma sequência de saltos parciais, foram de 6,02±0,15m; 4,99±0,39m e 6,04±0,31m. Os dois últimos passos da corrida de balanço indicaram valores inferiores para os atletas nacionais de 2,14±0,15m e 2,04±0,26m, para o penúltimo e para o último, respetivamente, enquanto que os internacionais revelaram valores de 2,35±0,12m e 2,27±0,14m. A velocidade média de aproximação à tábua de chamada, para os atletas nacionais foi de 9,16m/s, inferior aos internacionais que se situou nos 9,81m/s. Numa análise da cinemática angular do tronco constata-se que de uma forma geral em todos os saltos parciais, não existiram diferenças entre ambos os grupos, verificando-se que o ângulo do tronco é maior na receção do que na saída. A correlação entre as variáveis de cinemática linear dos saltos parciais e o salto oficial, nos atletas do grupo nacional, é positiva e estatisticamente significativa para o hop (r = 0,80) e para o step (r = 0,62) enquanto que no grupo de atletas internacionais a associação apenas é significativa para o step (r = 0,89). Foi também possível atestar que a técnica do Jump é predominante para os atletas nacionais e que o recurso a uma técnica equilibrada é preponderante para os atletas internacionais. Os resultados do estudo comprovam existirem diferenças na cinemática linear do triplo salto entre os atletas nacionais e internacionais e algumas diferenças na cinemática angular. Uma análise crítica, dos resultados recolhidos, dá-nos indicação de uma fraca velocidade final da corrida de balanço e numa má repartição percentual dos saltos parciais os quais se constituem como fatores limitadores de um bom registo final de salto. |
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Definiu-se como objetivo deste estudo comparar as características cinemáticas do triplo salto masculino entre atletas de dois grupos distintos, de âmbito nacional e internacional, em contexto competitivo. Foi constituída uma amostra de 25 atletas, 13 de nível nacional e 12 de nível internacional, com uma média de idades de 24,92±4,48 anos. A metodologia utilizada centrouse na recolha de filmagens com recurso a três câmaras de vídeo digital, em contexto de competição, para ulterior estudo com recurso ao software de análise cinemática Kinovea e posterior comparação numa perspetiva de cinemática linear e angular. Recorreu-se ainda a um radar objetivando medir a velocidade final da corrida de balanço. No âmbito da análise linear, os atletas nacionais apresentaram um salto oficial inferior aos atletas internacionais, com uma média de 14,71±0,94m, o real com 15,01±0,90m com as perdas em torno de 0,30±0,16m. Nos atletas internacionais os valores situaram-se em 16,98±0,45m; 17,05±0,44m e 0,07±0,06m. A mesma tendência foi observada para a sequência dos três saltos parciais (hop, step e jump) com os atletas nacionais a apresentarem valores mais baixos que os internacionais de 5,27±0,43m; 4,22±0,48m e 5,51±0,42m, respetivamente. As amplitudes e valores percentuais médios dos resultados alcançados pelos atletas internacionais, para a mesma sequência de saltos parciais, foram de 6,02±0,15m; 4,99±0,39m e 6,04±0,31m. Os dois últimos passos da corrida de balanço indicaram valores inferiores para os atletas nacionais de 2,14±0,15m e 2,04±0,26m, para o penúltimo e para o último, respetivamente, enquanto que os internacionais revelaram valores de 2,35±0,12m e 2,27±0,14m. A velocidade média de aproximação à tábua de chamada, para os atletas nacionais foi de 9,16m/s, inferior aos internacionais que se situou nos 9,81m/s. Numa análise da cinemática angular do tronco constata-se que de uma forma geral em todos os saltos parciais, não existiram diferenças entre ambos os grupos, verificando-se que o ângulo do tronco é maior na receção do que na saída. A correlação entre as variáveis de cinemática linear dos saltos parciais e o salto oficial, nos atletas do grupo nacional, é positiva e estatisticamente significativa para o hop (r = 0,80) e para o step (r = 0,62) enquanto que no grupo de atletas internacionais a associação apenas é significativa para o step (r = 0,89). Foi também possível atestar que a técnica do Jump é predominante para os atletas nacionais e que o recurso a uma técnica equilibrada é preponderante para os atletas internacionais. Os resultados do estudo comprovam existirem diferenças na cinemática linear do triplo salto entre os atletas nacionais e internacionais e algumas diferenças na cinemática angular. Uma análise crítica, dos resultados recolhidos, dá-nos indicação de uma fraca velocidade final da corrida de balanço e numa má repartição percentual dos saltos parciais os quais se constituem como fatores limitadores de um bom registo final de salto. |
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