A reabilitação e a independência funcional do doente sujeito a imobilidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11960/1236 |
Resumo: | A imobilidade poderá ser entendida como um grave problema de saúde pública, uma vez que aqueles que dela sofrem apresentam ou podem vir a apresentar sérios danos na sua saúde, acrescentando que esta impede em grande medida a independência do doente na realização das suas atividades de vida diárias. O enfermeiro de reabilitação, integrado numa equipa multidisciplinar, pelas suas competências específicas, tem um papel fundamental para que a pessoa obtenha um desempenho seguro e com o máximo de independência possível, em especial nas atividades de vida diárias, e na reintegração na família, na sociedade como membro ativo, intervindo essencialmente na otimização do desempenho para o autocuidado. Centrado no paradigma quantitativo de investigação, foi efetuado o presente estudo descritivo - correlacional e longitudinal, pretendendo-se conhecer a influência dos cuidados de enfermagem de reabilitação na recuperação da independência funcional do doente, sujeito a imobilidade. A amostra incluiu 40 doentes internados num serviço de medicina, todos sujeitos a cuidados de enfermagem de reabilitação. Os dados foram colhidos através da aplicação de um questionário sociodemográfico, da Escala MIF e da Escala de NEECHAM. Verificou-se que a média de idades foi de 76,48 anos, na sua maioria mulheres (57,5%), casados (55%), 70% com o primeiro ciclo, e em média estiveram sujeitos a 49,60 dias de imobilidade. Constatamos através dos resultados obtidos que os doentes sujeitos a cuidados de enfermagem de reabilitação, recuperaram 38,03% da sua independência, sendo que nenhuma das caraterísticas sociodemográficas e clínicas influenciou esta recuperação. De todas as atividades de vida avaliadas onde se verificou maior impacto da intervenção dos cuidados de reabilitação foi no Controlo de Esfíncteres (46,92%) seguida de Autocuidados (42,50%). A atividade de vida onde se verificou menor ganho foi a Comunicação (29,78%). Os resultados obtidos apontam para a necessidade de os doentes sujeitos a imobilidade, poderem beneficiar da intervenção dos cuidados de enfermagem de reabilitação quer nos serviços onde são internados, assim como na comunidade onde os mesmos estão inseridos. |
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Centrado no paradigma quantitativo de investigação, foi efetuado o presente estudo descritivo - correlacional e longitudinal, pretendendo-se conhecer a influência dos cuidados de enfermagem de reabilitação na recuperação da independência funcional do doente, sujeito a imobilidade. A amostra incluiu 40 doentes internados num serviço de medicina, todos sujeitos a cuidados de enfermagem de reabilitação. Os dados foram colhidos através da aplicação de um questionário sociodemográfico, da Escala MIF e da Escala de NEECHAM. Verificou-se que a média de idades foi de 76,48 anos, na sua maioria mulheres (57,5%), casados (55%), 70% com o primeiro ciclo, e em média estiveram sujeitos a 49,60 dias de imobilidade. Constatamos através dos resultados obtidos que os doentes sujeitos a cuidados de enfermagem de reabilitação, recuperaram 38,03% da sua independência, sendo que nenhuma das caraterísticas sociodemográficas e clínicas influenciou esta recuperação. De todas as atividades de vida avaliadas onde se verificou maior impacto da intervenção dos cuidados de reabilitação foi no Controlo de Esfíncteres (46,92%) seguida de Autocuidados (42,50%). A atividade de vida onde se verificou menor ganho foi a Comunicação (29,78%). Os resultados obtidos apontam para a necessidade de os doentes sujeitos a imobilidade, poderem beneficiar da intervenção dos cuidados de enfermagem de reabilitação quer nos serviços onde são internados, assim como na comunidade onde os mesmos estão inseridos.Immobility can be considered as a serious public health problem, as the ones who suffer from it may experience serious damage to their health, and it can significantly reduce the patient’s independence in the realization of his daily activities. The rehabilitation nurse, within a multidisciplinary team, due to his/her specific abilities plays a fundamental role in the life of the patient who may regain safe performance and maximum independence especially in his daily life activities, and in the reintegration into the family and society as an active member, resulting in the improvement of the patient’s self-care. Based on the quantitative investigation paradigm, the present descriptive-correlational and longitudinal study was developed in order to investigate the rehabilitation nursing care influences in the recovery of the functional independence of the patients who suffer from immobility. The sample includes 40 patients hospitalized in medicine service, all of them provided with rehabilitation nursing care. The data is based on a wide sociodemographic questionnaire, using the MFI Scale and the NEECHAM Scale. It has been found that the average age was 76,48 years, the majority were women (57,5%), the majority were married (55%), 70% had elementary school qualifications, and patients experienced an average of 49,60 days of immobility. Through the results we found that the patients provided with rehabilitation nursing care recovered 38,03% of their independence, and that none of the sociodemographic parameters or clinical characteristics had influenced this recovery. From all the evaluated life activities, the most significant impact of the rehabilitation nursing care was the control of sphincters (46,92%) followed by self-care (42,50%). The life activity where there was the least improvement was communication (29,78%). The obtained results show that all patients with immobility could benefit from rehabilitation nursing care while hospitalized as well as in the community of which they are part of.2015-01-09T17:33:18Z2014-12-09T00:00:00Z2014-12-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1236TID:201161214porLima, Andreia Maria Novoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:41:26Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1236Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:17.601707Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A imobilidade poderá ser entendida como um grave problema de saúde pública, uma vez que aqueles que dela sofrem apresentam ou podem vir a apresentar sérios danos na sua saúde, acrescentando que esta impede em grande medida a independência do doente na realização das suas atividades de vida diárias. O enfermeiro de reabilitação, integrado numa equipa multidisciplinar, pelas suas competências específicas, tem um papel fundamental para que a pessoa obtenha um desempenho seguro e com o máximo de independência possível, em especial nas atividades de vida diárias, e na reintegração na família, na sociedade como membro ativo, intervindo essencialmente na otimização do desempenho para o autocuidado. Centrado no paradigma quantitativo de investigação, foi efetuado o presente estudo descritivo - correlacional e longitudinal, pretendendo-se conhecer a influência dos cuidados de enfermagem de reabilitação na recuperação da independência funcional do doente, sujeito a imobilidade. A amostra incluiu 40 doentes internados num serviço de medicina, todos sujeitos a cuidados de enfermagem de reabilitação. Os dados foram colhidos através da aplicação de um questionário sociodemográfico, da Escala MIF e da Escala de NEECHAM. Verificou-se que a média de idades foi de 76,48 anos, na sua maioria mulheres (57,5%), casados (55%), 70% com o primeiro ciclo, e em média estiveram sujeitos a 49,60 dias de imobilidade. Constatamos através dos resultados obtidos que os doentes sujeitos a cuidados de enfermagem de reabilitação, recuperaram 38,03% da sua independência, sendo que nenhuma das caraterísticas sociodemográficas e clínicas influenciou esta recuperação. De todas as atividades de vida avaliadas onde se verificou maior impacto da intervenção dos cuidados de reabilitação foi no Controlo de Esfíncteres (46,92%) seguida de Autocuidados (42,50%). A atividade de vida onde se verificou menor ganho foi a Comunicação (29,78%). Os resultados obtidos apontam para a necessidade de os doentes sujeitos a imobilidade, poderem beneficiar da intervenção dos cuidados de enfermagem de reabilitação quer nos serviços onde são internados, assim como na comunidade onde os mesmos estão inseridos. |
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