Funcionalidade familiar na transição para a parentalidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://web.esenfc.pt/?url=IfkhiLBh |
Resumo: | O presente Relatório de Estágio reflete todo o percurso de aquisição e desenvolvimento de conhecimentos e competências na área de Especialização de Enfermagem de Saúde Familiar, ao longo de dois estágios numa Unidade de Saúde Familiar. A componente de investigação foi desenvolvida a partir da identificação de um problema/questão da prática clínica: avaliação da funcionalidade familiar na transição para a parentalidade. A transição para a parentalidade é uma das fases que causa mais stress no ciclo de vida familiar, implicando alterações ao nível do bem-estar e da satisfação conjugal, repercutindo-se na funcionalidade familiar das famílias. Os enfermeiros de saúde familiar são elementos-chave neste processo. Foram objetivos desta investigação: avaliar a funcionalidade das famílias em transição para a parentalidade, e identificar fatores sociodemográficos, obstétricos, satisfação conjugal e estado emocional relacionados com essa funcionalidade familiar. Realizou-se um estudo descritivo-exploratório, transversal, com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída por 30 casais (60 indivíduos) em transição para a parentalidade, inscritos numa Unidade de Saúde Familiar. Foi aplicado um questionário sociodemográfico e obstétrico, a Escala Adaptation Partnership Growth Affection Resolve (APGAR Familiar), a Escala de Avaliação da Satisfação em Áreas da Vida Conjugal (EASAVIC) e a Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS). Os resultados indicaram que a maioria dos indivíduos (n=57; 95,0%) percecionou a sua família como altamente funcional; 3 (5,0%) percecionaram moderada disfunção familiar. Estes elementos pertenciam a famílias diferentes, o que corresponde a 3 famílias com moderada disfunção na escala de APGAR. Apresentaram risco de disfunção, 9 indivíduos. A funcionalidade familiar não estava relacionada com a idade, sexo, habilitações literárias, ou período obstétrico. Identificou-se correlação significativa e positiva entre a funcionalidade familiar e a satisfação conjugal, e correlação significativa e negativa entre a funcionalidade familiar e a probabilidade de depressão. Conclui-se que a funcionalidade familiar é sensível às variáveis satisfação conjugal e probabilidade de depressão. Assim, é necessário que os enfermeiros especialistas de saúde familiar identifiquem precocemente tais condições e implementem intervenções no âmbito da promoção da saúde e bem-estar das famílias em transição para a parentalidade. |
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