Um olhar psicológico sobre fatores psicossociais de proteção e risco em contexto laboral docente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pessoa, Flávia Sousa
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/15589
Resumo: O trabalho tem sido para o homem o meio no qual desenvolve as suas aptidões, se relaciona e se expressa na sociedade. A identidade humana é desenvolvida também pelo exercício de uma profissão e pelo local de trabalho no qual ela é realizada. Para a eficácia no trabalho importa ter em consideração as características psicossociais do indivíduo, bem como a existência de adequadas condições de trabalho, sendo estas facilitadoras do bem-estar do indivíduo. O presente trabalho apresenta os fatores psicossociais de risco e de proteção para a saúde e a sua relação com a capacidade para o trabalho. Como metodologia, um total de 100 docentes (M=38; F= 62), com idades entre 30 e 60 anos (Média=45.5;DP=6.78) responderam aos instrumentos de avaliação: Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT; Silva et al., 2001), Questionário Psicossocial de Copenhaga (COPSOQ; Silva et al., 2012).No que concerne a resultados, verificou-se que em relação ao ICT, (46%) dos docentes têm uma boa capacidade para o trabalho, seguido por (26%) que tem capacidade para o trabalho moderada e (14%) tanto para capacidade de trabalho pobre, como para capacidade de trabalho excelente. Os riscos psicossociais que interferem negativamente na capacidade de trabalho dos docentes são: stresse, apoio social de superiores, insegurança laboral, satisfação no trabalho, transparência no papel laboral. Quanto ao género, verificou-se que as variáveis com valores mais elevados e significativos foram a influência no trabalho e o conflito laboral. Verifica-se, ainda, de forma negativa a variável comportamentos ofensivos, sugerindo que o género está correlacionado de forma negativa com comportamentos ofensivos. Em específico, sugere-se que o género masculino influencia mais negativamente, em comparação com o feminino, os comportamentos ofensivos. Em conclusão, a natureza dos fatores psicossociais é complexa, abrangendo questões que envolvem os trabalhadores, meio ambiente geral e de trabalho. Assim sendo, é importante destacar que as boas condições psicossociais no contexto laboral contribuem para a qualidade de vida dos profissionais, o que consequentemente resultará no aumento das suas capacidades para o trabalho. São sugeridos novos estudos que permitam melhor compreender esta temática e assim promover uma adequada intervenção.
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Como metodologia, um total de 100 docentes (M=38; F= 62), com idades entre 30 e 60 anos (Média=45.5;DP=6.78) responderam aos instrumentos de avaliação: Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT; Silva et al., 2001), Questionário Psicossocial de Copenhaga (COPSOQ; Silva et al., 2012).No que concerne a resultados, verificou-se que em relação ao ICT, (46%) dos docentes têm uma boa capacidade para o trabalho, seguido por (26%) que tem capacidade para o trabalho moderada e (14%) tanto para capacidade de trabalho pobre, como para capacidade de trabalho excelente. Os riscos psicossociais que interferem negativamente na capacidade de trabalho dos docentes são: stresse, apoio social de superiores, insegurança laboral, satisfação no trabalho, transparência no papel laboral. Quanto ao género, verificou-se que as variáveis com valores mais elevados e significativos foram a influência no trabalho e o conflito laboral. Verifica-se, ainda, de forma negativa a variável comportamentos ofensivos, sugerindo que o género está correlacionado de forma negativa com comportamentos ofensivos. Em específico, sugere-se que o género masculino influencia mais negativamente, em comparação com o feminino, os comportamentos ofensivos. Em conclusão, a natureza dos fatores psicossociais é complexa, abrangendo questões que envolvem os trabalhadores, meio ambiente geral e de trabalho. Assim sendo, é importante destacar que as boas condições psicossociais no contexto laboral contribuem para a qualidade de vida dos profissionais, o que consequentemente resultará no aumento das suas capacidades para o trabalho. São sugeridos novos estudos que permitam melhor compreender esta temática e assim promover uma adequada intervenção.To humans their job has been the tool through which they develop their skills, relate and express in society. Their identity is developed also by the fact of having a job and by the workplace in which it is performed. For effectiveness at work is important to take into account the psychosocial characteristics of the individual, as well as the existence of adequate working conditions, which are facilitating the welfare of the individual. This paper shows the psychosocial risk factors and protection for health and its relationship to the ability to work. As a methodology, a total of 100 teachers (M= 38; F= 62) aged between 30 and 60 years old (Average = 45.5;DO= 6.78), responded to the evaluation tools: Capacity Index for Work (ICT;. Silva et al, 2001), Psychosocial Questionnaire Copenhagen (COPSOQ; Silva et al, 2012). Regarding the results, it was found that in relation to ICT (46%) of teachers have a good capacity to work, followed by (26%) which has moderate capacity to work and (14%) for both poor capacity to work, and for excellent working ability. The psychosocial issues that interfere negatively in the working capacity of teachers are: stress, social support of superiors, job insecurity, job satisfaction, transparency in the working role. As to gender, it was found that the variables with higher and significant values were the influence at work and the labor dispute. Negatively, ofensive behaviour was confirmed, suggesting that the genre is correlated negatively with offensive behavior. In particular, it is suggested that the male gender influences more negatively, compared with the female, the offensive behavior. In Conclusion, the nature of psychosocial factors is complex, covering issues involving the workers, general environment and labor. This way, it is important to note that good psychosocial conditions in the work environment contribute to the quality of life of professionals, which in turn will result in increasing their capacity to work. New studies that allow better understand this issue and thus promote appropriate intervention are suggested.Universidade de Aveiro2016-05-18T10:12:32Z2015-01-01T00:00:00Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/15589TID:201575221porPessoa, Flávia Sousainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:28:53Zoai:ria.ua.pt:10773/15589Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:50:56.208991Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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