Presença de microrganismos em óleos de corte e sua relação com a saúde ocupacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Mariana Augusta Neves da Silva
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/9265
Resumo: Os colaboradores de empresas do sector metalúrgico e metalomecânico utilizam óleos de corte, ou fluidos de corte durante o processo produtivo, com o objectivo de facilitar a operação de corte. Estes óleos oferecem perigosidade à saúde humana e ao meio ambiente. A contaminação microbiológica, nomeadamente por bactérias e fungos, nos óleos emulsionados é uma preocupação constante, pois estas podem provocar problemas na saúde dos colaboradores, incluindo dermatoses. O enfraquecimento das unhas constitui um sinal/sintoma deste problema. Neste contexto, e uma vez que são escassos os dados referentes a infecções fúngicas superficiais em colaboradores das metalomecânicas em Portugal, são necessários estudos que permitam determinar a sua prevalência e relação com a utilização de óleos de corte. No período compreendido entre 02 de Agosto de 2007 e 09 de Novembro de 2007 efectuaramse colheitas de pele e/ou de unhas em duas populações diferentes de metalomecânicas (A e B) e dos diferentes óleos contidos nas máquinas das metalomecânicas e utilizados pelos colaboradores. Posteriormente, efectuaram-se análises laboratoriais micológicas nos Laboratórios da ESB. Do total de óleos (n = 17), houve confirmação de presença de fungos (culturas positivas) em 14 culturas (82%), sendo 9 óleos da Indústria Metalomecânica A (82%) e 5 (80%) da Metalomecânica B. Em 3 meios (18%) as culturas foram negativas. Desses, 2 (18%) pertenciam à Metalomecânica A e 1 (20%) pertencia à Metalomecânica B. Do total de indivíduos (n = 205), houve confirmação micológica de dermatomicoses (culturas positivas) em 176 culturas (86%). Em 29 casos (14%) os resultados foram negativos. De um total de 175 indivíduos com culturas positivas, 61 (35%) apresentam sinal de dermatoses – só culturas positivas. Os fungos mais frequentes nos óleos de corte foram também os mais frequentes nas unhas: Rhodotorula mucilaginosa e Pichia guilliermondii. Não foi possível avaliar com exactidão se a exposição a óleos de corte provoca a ocorrência de dermatoses.
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