Últimas Horas/Dias de Vida num Hospital Versus Domicílio
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-06282022000400348 |
Resumo: | Resumo O envelhecimento populacional constitui uma das principais transformações sociais do século XXI, com implicações transversais a todos os setores da sociedade. Este envelhecimento está acompanhado de um aumento da prevalência de doenças oncológicas e crónicas, progressivas, com elevado grau de dependência funcional, declínio cognitivo, diminuição da qualidade de vida e aumento da taxa de mortalidade. A transformação social que estamos a assistir implica a necessidade urgente de planear a alocação de serviços de apoio ao fim de vida, nomeadamente o desenvolvimento dos cuidados paliativos. Mundialmente, é muito frequente o final de vida ocorrer em meio hospital, sendo que, Portugal não é exceção. Diversos estudos têm demonstrado uma enorme variabilidade na qualidade dos cuidados em fim de vida nos hospitais de agudos. Alguns estudos evidenciam o problema do tratamento em fim de vida nos hospitais de agudos, bem como, a grande dificuldade dos médicos em decidir quando suspender os cuidados curativos e iniciar o suporte paliativo. De acordo com alguns dados a nível nacional, a maioria dos portugueses prefere morrer no domicílio, no entanto, a realidade é outra. A falta de acesso aos cuidados médicos é um dos principais motivos para a recusa do processo de morte em domicílio. A maioria dos familiares, embora possa defender a morte no domicílio, entende que esta deve ocorrer no hospital pela necessidade de cuidados permanentes e pela falta de apoio domiciliário que garanta uma assistência de qualidade. Como tal, urge a necessidade urgente de se repensar as políticas nacionais em saúde, procurando melhorar a acessibilidade aos cuidados paliativos, nomeadamente com a criação de equipas comunitárias/domiciliárias, de modo a melhorar o suporte destes doentes no domicílio e assim, libertar os hospitais de agudos. |
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Resumo O envelhecimento populacional constitui uma das principais transformações sociais do século XXI, com implicações transversais a todos os setores da sociedade. Este envelhecimento está acompanhado de um aumento da prevalência de doenças oncológicas e crónicas, progressivas, com elevado grau de dependência funcional, declínio cognitivo, diminuição da qualidade de vida e aumento da taxa de mortalidade. A transformação social que estamos a assistir implica a necessidade urgente de planear a alocação de serviços de apoio ao fim de vida, nomeadamente o desenvolvimento dos cuidados paliativos. Mundialmente, é muito frequente o final de vida ocorrer em meio hospital, sendo que, Portugal não é exceção. Diversos estudos têm demonstrado uma enorme variabilidade na qualidade dos cuidados em fim de vida nos hospitais de agudos. Alguns estudos evidenciam o problema do tratamento em fim de vida nos hospitais de agudos, bem como, a grande dificuldade dos médicos em decidir quando suspender os cuidados curativos e iniciar o suporte paliativo. De acordo com alguns dados a nível nacional, a maioria dos portugueses prefere morrer no domicílio, no entanto, a realidade é outra. A falta de acesso aos cuidados médicos é um dos principais motivos para a recusa do processo de morte em domicílio. A maioria dos familiares, embora possa defender a morte no domicílio, entende que esta deve ocorrer no hospital pela necessidade de cuidados permanentes e pela falta de apoio domiciliário que garanta uma assistência de qualidade. Como tal, urge a necessidade urgente de se repensar as políticas nacionais em saúde, procurando melhorar a acessibilidade aos cuidados paliativos, nomeadamente com a criação de equipas comunitárias/domiciliárias, de modo a melhorar o suporte destes doentes no domicílio e assim, libertar os hospitais de agudos. |
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