Papel explicativo da autorregulação emocional no envolvimento na escola e no rendimento académico de pré-adolescentes

• Autor(a) principal: Lages, Ana Isabel Vilaça
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/37365
• topic: Autorregulação emocional; Envolvimento a escola; Rendimento académico; Sucesso académico; Emotional self-regulation; School engagement; Academic achievement; Academic success; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia

A literatura tem vindo a alertar para a necessidade de valorizar processos académicos, e não apenas resultados académicos. Tem também sugerido a importância de aprofundar conhecimento sobre a associação com processos emocionais, como a autorregulação emocional. O principal objetivo deste estudo consiste em investigar o potencial papel explicativo da autorregulação emocional em processos e resultados académicos, nomeadamente no envolvimento na escola e no rendimento académico de pré-adolescentes. Participaram 394 estudantes do 2.º Ciclo do Ensino Básico (Midade = 10.9, DP = .69), que responderam a um Questionário Sociodemográfico e Académico, à Escala Quadri-dimensional de Envolvimento dos Alunos na Escola, e ao Questionário de Regulação Emocional em Crianças e Adolescentes. Efetuaram-se análises descritivas, correlacionais e de regressão linear múltipla. Verificou-se que o redireccionamento cognitivo constitui uma variável explicativa estatisticamente significativa de todas as dimensões do envolvimento na escola, enquanto a supressão emocional configura uma variável explicativa estatisticamente significativa do envolvimento afetivo e agenciativo. Encontraram-se correlações positivas do redireccionamento cognitivo, mas negativas da supressão emocional com as referidas dimensões de envolvimento na escola. Por sua vez, o envolvimento comportamental e agenciativo constituem variáveis explicativas estatisticamente significativas do rendimento académico. Estudos futuros poderão adotar um desenho longitudinal para identificar variações na autorregulação emocional e o seu impacto em processos e resultados académicos. A prática psicológica poderá incidir na promoção de competências emocionais junto de jovens e na dinamização de ações que sensibilizem encarregados de educação e docentes para a importância da autorregulação emocional e do envolvimento na escola no sucesso académico.