Hábitos tabágicos : conhecimentos e consumo dos adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baptista, Isabel Maria Andrade
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/2857
Resumo: Enquadramento: No adolescente ocorrem metamorfoses físicas, psicológicas, comportamentais e sociais, sentindo-se mais autónomo, integrado e independente. Reproduzindo o mundo dos adultos, espelha no grupo de pares hábitos de consumo de substâncias psicoativas, mormente o tabaco, amplamente aceite como a causa principal de morbilidade e de mortalidade evitável no mundo, com consequências diretas e indiretas na saúde, a curto e longo prazo. Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e de contexto familiar; estimar o impacto das variáveis de contexto escolar e estilos de vida; analisar a relação entre as variáveis psicológicas (autoestima, autoconceito); identificar as atitudes que influem os conhecimentos e o consumo de tabaco. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo, correlacional, analítico e transversal, numa amostra de 971 adolescentes, aplicou-se o questionário sociodemográfico, de contexto escolar e estilos de vida; a Escala de Autoestima de Rosenberg (Romano, Negreiro & Martins, 2007); o Inventário Clínico de Autoconceito (Vaz Serra, 1984) e a Escala do Consumo de Tabaco (Precioso, 2007). Resultados: Os 971 inquiridos são adolescentes entre os 14 e 21 anos, 43.4% têm idade inferior a 17 anos, são maioritariamente rapazes (50.8%), residem predominantemente em meio rural (66.4%) e coabitam com os pais (77.3%). Cerca de 39.0% frequentam o 10.º ano, revelam bom autoconceito (45.3%) e elevada autoestima (47.4%). A maioria (62.0%) é ou já foi consumidora de tabaco (63.0% raparigas vs 60.6% rapazes); fumaram o primeiro cigarro, em média, aos 13,8 anos, sendo os rapazes mais precoces (≤ 13 anos) que as raparigas ( ≥15 anos). O primeiro cigarro foi obtido na escola (35.5% raparigas vs rapazes 39.1%), principal local de oferta (56.8%) e a compra ocorreu na tabacaria ou no café (60.0%). Dos inquiridos, 17,7% (13.0% raparigas vs 22.0% rapazes) são fumadores diários, consumindo até sete cigarros (60.9% rapazes vs 58.3% raparigas). Como razão principal para fumar o primeiro cigarro, 74.3% apontam “Querer saber como era”. Conclusão: O tabagismo é um fenómeno complexo e globalizante com repercussões tanto na saúde individual dos fumadores como na saúde pública, pelo que permanece a urgência de implementação de políticas de educação para a saúde, com ações de sensibilização, prevenção e promoção de mudanças comportamentais e atitudinais, preditoras de estilos de vida saudável.
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Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e de contexto familiar; estimar o impacto das variáveis de contexto escolar e estilos de vida; analisar a relação entre as variáveis psicológicas (autoestima, autoconceito); identificar as atitudes que influem os conhecimentos e o consumo de tabaco. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo, correlacional, analítico e transversal, numa amostra de 971 adolescentes, aplicou-se o questionário sociodemográfico, de contexto escolar e estilos de vida; a Escala de Autoestima de Rosenberg (Romano, Negreiro & Martins, 2007); o Inventário Clínico de Autoconceito (Vaz Serra, 1984) e a Escala do Consumo de Tabaco (Precioso, 2007). Resultados: Os 971 inquiridos são adolescentes entre os 14 e 21 anos, 43.4% têm idade inferior a 17 anos, são maioritariamente rapazes (50.8%), residem predominantemente em meio rural (66.4%) e coabitam com os pais (77.3%). Cerca de 39.0% frequentam o 10.º ano, revelam bom autoconceito (45.3%) e elevada autoestima (47.4%). A maioria (62.0%) é ou já foi consumidora de tabaco (63.0% raparigas vs 60.6% rapazes); fumaram o primeiro cigarro, em média, aos 13,8 anos, sendo os rapazes mais precoces (≤ 13 anos) que as raparigas ( ≥15 anos). O primeiro cigarro foi obtido na escola (35.5% raparigas vs rapazes 39.1%), principal local de oferta (56.8%) e a compra ocorreu na tabacaria ou no café (60.0%). Dos inquiridos, 17,7% (13.0% raparigas vs 22.0% rapazes) são fumadores diários, consumindo até sete cigarros (60.9% rapazes vs 58.3% raparigas). Como razão principal para fumar o primeiro cigarro, 74.3% apontam “Querer saber como era”. Conclusão: O tabagismo é um fenómeno complexo e globalizante com repercussões tanto na saúde individual dos fumadores como na saúde pública, pelo que permanece a urgência de implementação de políticas de educação para a saúde, com ações de sensibilização, prevenção e promoção de mudanças comportamentais e atitudinais, preditoras de estilos de vida saudável.ABSTRACT Framework: During adolescence, the teenager suffers metamorphosis at a physical, psychological, behavioral and social level, therefore feeling more autonomous, integrated and independent. While mimicking adult behavior among its peers, he/she tends to engage in the consumption of psychoactive substances, namely tobacco, widely accepted as the leading cause of morbidity as well as mortality avoidable worldwide, with both direct and indirect consequences in short and long term health. Goals: Identify the sociodemographic and familiar context variables; assess the impact of the school context and lifestyle variables; analyze the relation between the psychological variables (self-esteem, self-concept) and identify the attitudes, which influences the knowledge as well as the tobacco consumption. Methods: Quantitative, correlational, analytical and transversal study, within a sample of 971 adolescents was applied the sociodemographic questionnaire of school context and lifestyle; Self-Esteem Rosenberg Scale (Romano, Negreiro & Martins, 2007); Self-Concept Clinical Inventory (Vaz Serra, 1984) and the Tobacco Consumption Scale (Precioso, 2007). Results: The 971 inquired were adolescents from 14 to 21 years old, 43.3% were under 17 years old, mainly males (50.8%), living in the countryside (66.4%) with their parents (77.3%). About 39.0% are in the 10th grade, reveal good self-concept (45.3%) and high selfesteem (47.4%). The majority (62.0%) is or has been a tobacco consumer (63.0% girls vs 60.6% boys); they smoked their first cigarette with an average age of 13.8 years old, whilst male are more premature (≤13 years old) than female (≥15 years old). Their first smoke was in school (35.5% girls vs 39.1% boys), which is the main place of offering (56.8%) and they buy them in tobacco or coffee shops (60.0%) From the surveyed, 17.7% (13.0% girls vs 22.0% boys) are daily smokers, some smoking up to 7 cigarettes per day. The main reason to smoke their first cigarette is “Wishing to know how it felt like” (74.3%). Conclusion: Smoking is both a complex and global phenomenon with repercussions not only in individual health, but also in public health. The urgency to implement politics for health education, through awareness raising actions, prevention and promotion of behavioral changes as well as attitude, predictive of a healthy lifestyle.Duarte, João CarvalhoRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuBaptista, Isabel Maria Andrade2015-12-22T01:30:15Z2014-12-2220142014-12-22T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/2857TID:201387301porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:26:08Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/2857Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:41:57.927600Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Enquadramento: No adolescente ocorrem metamorfoses físicas, psicológicas, comportamentais e sociais, sentindo-se mais autónomo, integrado e independente. Reproduzindo o mundo dos adultos, espelha no grupo de pares hábitos de consumo de substâncias psicoativas, mormente o tabaco, amplamente aceite como a causa principal de morbilidade e de mortalidade evitável no mundo, com consequências diretas e indiretas na saúde, a curto e longo prazo. Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e de contexto familiar; estimar o impacto das variáveis de contexto escolar e estilos de vida; analisar a relação entre as variáveis psicológicas (autoestima, autoconceito); identificar as atitudes que influem os conhecimentos e o consumo de tabaco. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo, correlacional, analítico e transversal, numa amostra de 971 adolescentes, aplicou-se o questionário sociodemográfico, de contexto escolar e estilos de vida; a Escala de Autoestima de Rosenberg (Romano, Negreiro & Martins, 2007); o Inventário Clínico de Autoconceito (Vaz Serra, 1984) e a Escala do Consumo de Tabaco (Precioso, 2007). Resultados: Os 971 inquiridos são adolescentes entre os 14 e 21 anos, 43.4% têm idade inferior a 17 anos, são maioritariamente rapazes (50.8%), residem predominantemente em meio rural (66.4%) e coabitam com os pais (77.3%). Cerca de 39.0% frequentam o 10.º ano, revelam bom autoconceito (45.3%) e elevada autoestima (47.4%). A maioria (62.0%) é ou já foi consumidora de tabaco (63.0% raparigas vs 60.6% rapazes); fumaram o primeiro cigarro, em média, aos 13,8 anos, sendo os rapazes mais precoces (≤ 13 anos) que as raparigas ( ≥15 anos). O primeiro cigarro foi obtido na escola (35.5% raparigas vs rapazes 39.1%), principal local de oferta (56.8%) e a compra ocorreu na tabacaria ou no café (60.0%). Dos inquiridos, 17,7% (13.0% raparigas vs 22.0% rapazes) são fumadores diários, consumindo até sete cigarros (60.9% rapazes vs 58.3% raparigas). Como razão principal para fumar o primeiro cigarro, 74.3% apontam “Querer saber como era”. Conclusão: O tabagismo é um fenómeno complexo e globalizante com repercussões tanto na saúde individual dos fumadores como na saúde pública, pelo que permanece a urgência de implementação de políticas de educação para a saúde, com ações de sensibilização, prevenção e promoção de mudanças comportamentais e atitudinais, preditoras de estilos de vida saudável.
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