O Eu e o Outro - O processo de aprendizagem intercultutal - Parte II
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/10064 |
Resumo: | O centrismo cultural é considerado neste conjunto de passos de aprendizagem como impedimento basilar da compreensão intercultural; do ponto de vista metódico, como ponto de partida do processo de aprendizagem é considerado positivamente e dessa forma, utilizado de forma produtiva. A consciência da própria marcação cultural é estabelecida como um pressuposto elementar para a disponibilidade e capacidade de percepcionar o que é alienígena no seu condicionalismo e, depois, progressivamente, desenvolver compreensão e aceitação das suas peculiaridades. Os preparativos pedagógicos dirigem-se, consequentemente, à pessoa do aprendente e à sua cultura e não à cultura alienígena. Tem de se conseguir, metodologicamente, proporcionar as chamadas experiências estruturadas, através das quais se torna consciente a influência das marcas da cultura própria sobre a percepção, a apreciação das situações e os modos de comportamento. Para prestar atenção ao aparato cultural próprio, podem ser utilizadas diversas técnicas de reflexo, através de exercícios podem ser resolvidas as questões de auto-percepção, através de simulações e estimulações com objectivos pode-se atingir também o “stress cultural controlado”. Estas experiências podem funcionar como “experiências introdutórias” e “eye-opener” do processo de aprendizagem intercultural. A consciência cultural surge assim como importante pressuposto para que os processos de interacção intercultural e as emoções que despoletam possam ser conduzidas com sensibilidade. No modelo de três fases de Mezirows, a chamada aprendizagem transformativa na sua fase 1 parte, exactamente, destas estimulações ou de uma crise de orientação. A imagem que o aprendente faz (do mundo e de si mesmo) será depois danificada. Só então se segue, na fase 2, um auto-exame crítico, “o trabalho de reflexão”. O trabalho de reflexão significa: o desenvolvimento das percepções de diferença, com base na consciência que se tem das marcas da cultura própria. Sem esta tomada de consciência, não se abrem oportunidades de refutar novas possibilidade de atitude: só na fase 3 serão, por fim, abordadas as informações sobre as diferentes concepções de realidade até aí vigentes, outras recepções serão testadas e novas perspectivas postas à prova. |
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