“As brincadeiras denunciavam que eu era uma criança viada”: o gênero “fabricado” na infância

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rios, Pedro Paulo de Souza
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Dias, Alfrancio Ferreira, Brazão, José Paulo Gomes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.13/2769
Resumo: O presente artigo tem por objetivo refletir sobre as brincadeiras de infância de seis professores gays egressos dos cursos de licenciatura em Pedagogia, Matemática e Biologia do Campus VII, da Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Teoricamente, essa pesquisa baseia-se nos estudos de gênero, na sexualidade, na ludicidade e nos estudos queer. Desenvolvemos uma pesquisa qualitativa com uma abordagem (auto)biográfica sobre as experiências de vida e as trajetórias formativas dos professores. Verificamos que a criança viada se revela na transgressão das brincadeiras autorizadas. Em consequência, meninas e gays são vítimas de insultos, vigilância, segregação, silenciamento e repressão social. Para se prevenirem das possíveis agressões, muitas crianças adotam a duplicidade e o jogo dissimulado. São necessárias mais reflexões sobre as sexualidades não normativas no ambiente escolar como instrumento potencial da educação para a produção da diferença e não como sinônimo de diversidade, comumente apresentado nos currículos escolares.
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spelling “As brincadeiras denunciavam que eu era uma criança viada”: o gênero “fabricado” na infânciaNarrativas (auto)biografiasGéneroHomossexualidadesPerformatividadeLiteracyAuto)biographical narrativesGenderHomosexualitiesPerformativity.Faculdade de Ciências SociaisO presente artigo tem por objetivo refletir sobre as brincadeiras de infância de seis professores gays egressos dos cursos de licenciatura em Pedagogia, Matemática e Biologia do Campus VII, da Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Teoricamente, essa pesquisa baseia-se nos estudos de gênero, na sexualidade, na ludicidade e nos estudos queer. Desenvolvemos uma pesquisa qualitativa com uma abordagem (auto)biográfica sobre as experiências de vida e as trajetórias formativas dos professores. Verificamos que a criança viada se revela na transgressão das brincadeiras autorizadas. Em consequência, meninas e gays são vítimas de insultos, vigilância, segregação, silenciamento e repressão social. Para se prevenirem das possíveis agressões, muitas crianças adotam a duplicidade e o jogo dissimulado. São necessárias mais reflexões sobre as sexualidades não normativas no ambiente escolar como instrumento potencial da educação para a produção da diferença e não como sinônimo de diversidade, comumente apresentado nos currículos escolares.This article aims to reflect on the childhood play of six gay teachers, graduating from the undergraduate in Pedagogy, Mathematics and Biology courses at Campus VII, of the State University of Bahia – UNEB. Theoretically, this research is based on studies of gender, sexuality, playfulness and queer studies. We developed a qualitative research with a (auto) biographical approach on teachers' life experiences and their formative trajectories. We verified that the faggot child reveals itself in the transgression of the authorized game. As a result, girls and gays are victims of insults, surveillance, segregation, silencing and social repression. To prevent possible aggression, many children adopt duplicity and disguised play. Further reflections on non-normative sexualities in the school environment are needed as a potential educational instrument for the production of difference and not as a synonym for diversity, commonly presented in school curricula.Universidade Federal do Rio Grande do NorteDigitUMaRios, Pedro Paulo de SouzaDias, Alfrancio FerreiraBrazão, José Paulo Gomes2020-03-04T16:02:55Z20192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.13/2769porRios, P. P. S., Dias, A. F. & Brazão, J. P. G. (2019). “As brincadeiras denunciavam que eu era uma criança viada”. Revista Educação Em Questão, 57(54), 1-21.10.21680/1981-1802.2019v57n54ID18651info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-11-27T03:31:22Zoai:digituma.uma.pt:10400.13/2769Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:05:35.603670Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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