Lembro-me de querer andar durinho, como se diz que homem deve ser: a construção do corpo gay na escola

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rios, Pedro Paulo Souza
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Dias, Alfrancio Ferreira, Brazão, José Paulo Gomes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.13/2997
Resumo: Este estudo tem como objetivo refletir acerca da construção de masculinidades/homossexualidades nas trajetórias de professores gays, egressos dos cursos de licenciatura em Pedagogia, Matemática e Biologia do Campus VII, da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, tendo em vista os processos de construção de gênero e sexualidade, em suas trajetórias de vida, formação acadêmica e, exercício profissional. Desenvolvemos uma pesquisa qualitativa com descrição e interpertação das narrativas (auto)biográficas, produzidas por seis professores gays. Dessas narrativas emergiram as produções educativas heterossexistas e normatizadoras que visam transformar crianças em adultos. O poder disciplinar sobre os corpos no contexto escolar é disseminado por práticas educativas instituídas que hierarquizam, regulamentam e padronizam espaços, atividades pedagógicas, cores, modos de se comportar, brinquedos e, brincadeiras, como sendo adversativas, ou para meninos ou para meninas. Contudo, os corpos gays impõem-se ao problematizarem questões não passíveis de discussão. Os sujeitos desenvolveram estratégias de enfrentamento das normas heterossexistas. Isso resultou numa nova concepção do que é ser estudante, assumindo uma postura queer. Ser queer funcionou como instrumento pedagógico, para permanecer na escola, enquanto um direito social para resolver os atos preconceituosos e excludentes.
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