Efeito da idade relativa na aptidão física em contexto escolar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Semião, Pedro Alexandre Barata
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/3322
Resumo: O estudo do efeito da idade relativa dos jovens desportistas no contexto de diferentes actividades desportivas federadas e/ou escolares, tem suscitado algum interesse por parte de alguns investigadores a nível mundial. De acordo com a nossa pesquisa verificamos que a maioria dos estudos nesta área são realizados em modalidades desportivas colectivas (hóquei, natação e futebol, em particular), num contexto competitivo elevado, e sobretudo no género masculino. O presente estudo procura ser inovador e também dar algumas respostas numa área específica, que é o estudo do efeito da idade relativa na aptidão motora em contexto escolar. Conhecer a influência da idade relativa no contexto educativo e paralelamente no domínio motor parece-nos deveras pertinente. De facto, julgamos que a idade relativa poderá estar associada muitas vezes à desmotivação na disciplina de educação física, aos resultados obtidos e à forma como encaram a participação nas actividades desportivas escolares. Os principais objectivos que procurámos atingir com a realização deste estudo foram: analisar o efeito da idade relativa na aptidão física em contexto escolar de crianças de ambos os géneros do 5º ao 12º ano de escolaridade. Adicionalmente, pretendemos ainda conhecer o efeito do género, do nível da actividade física e do trimestre de nascimento na aptidão física da totalidade da amostra e quando separada por género. A amostra recolhida foi constituída por um total de 227 alunos, 109 do género masculino e 118 do género feminino que frequentam o Agrupamento de Escolas António Sena Faria de Vasconcelos (5º ao 8º ano) e a Escola Secundária de Amato Lusitano (9º ao 12º ano) no ano lectivo 2012/2013. Para se proceder à recolha dos dados necessários para a realização deste estudo, aplicou-se a bateria de testes Fitnessgram (teste do vai vem, teste da milha, teste dos abdominais, teste de extensão de braços e teste senta e alcança) a todos os alunos da amostra e um questionário para avaliar o nível de actividade física. As diferenças entre os intervalos de nascimento observados foram determinadas pela aplicação do teste do Qui- Quadrado para os alunos e dados dos testes físicos. Foi realizado o teste de significância simples (ANOVA “one way”) para testar as diferenças verificadas entre o resultado dos testes físicos de cada aluno, por trimestre de nascimento e género. O teste ANOVA “two-way” foi ainda aplicado com vista a conhecer o efeito dos factores género, trimestre e nível de actividade na variabilidade do desempenho em cada teste físico. Foi considerado significativo um valor p<0.05. Os resultados indicam, relativamente ao primeiro objectivo, a inexistência de efeito da idade relativa na amostra analisada neste estudo (para cada género e totalidade da amostra). Ao analisarmos o efeito da idade relativa na aptidão física, em nenhum dos testes de aptidão física, foram encontradas diferenças significativas de desempenho em função do trimestre de nascimento (quando a amostra foi analisada na sua totalidade ou quando separada por género). Excluem-se, relativamente a este ponto, três resultados significativos: no teste de flexibilidade para a totalidade da amostra nascida em 1995 e quando particularizada ao género masculino do ano 1995; teste de extensão de braços para o género feminino do ano de 1996. No que diz respeito à interacção entre o género, o nível de actividade física e o trimestre de nascimento na aptidão física na totalidade da amostra e quando separada por género, os resultados são significativos apenas para determinados anos de nascimento, sem qualquer padrão que demonstre um efeito substancial sobretudo nos alunos mais jovens. Destaca-se o efeito dos três factores e sua interação no teste da milha para os alunos nascidos em 1998. Este estudo permite-nos concluir que não parece existir um efeito da idade relativa na aptidão física em contexto escolar (ambos os géneros e totalidade da amostra). Verificamos ainda que o efeito isolado dos factores género, classificação do nível de actividade física e trimestre de nascimento (assim como as interações entre estes factores), é pouco relevante para o desempenho nos testes de aptidão física por trimestre de nascimento.
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Conhecer a influência da idade relativa no contexto educativo e paralelamente no domínio motor parece-nos deveras pertinente. De facto, julgamos que a idade relativa poderá estar associada muitas vezes à desmotivação na disciplina de educação física, aos resultados obtidos e à forma como encaram a participação nas actividades desportivas escolares. Os principais objectivos que procurámos atingir com a realização deste estudo foram: analisar o efeito da idade relativa na aptidão física em contexto escolar de crianças de ambos os géneros do 5º ao 12º ano de escolaridade. Adicionalmente, pretendemos ainda conhecer o efeito do género, do nível da actividade física e do trimestre de nascimento na aptidão física da totalidade da amostra e quando separada por género. A amostra recolhida foi constituída por um total de 227 alunos, 109 do género masculino e 118 do género feminino que frequentam o Agrupamento de Escolas António Sena Faria de Vasconcelos (5º ao 8º ano) e a Escola Secundária de Amato Lusitano (9º ao 12º ano) no ano lectivo 2012/2013. Para se proceder à recolha dos dados necessários para a realização deste estudo, aplicou-se a bateria de testes Fitnessgram (teste do vai vem, teste da milha, teste dos abdominais, teste de extensão de braços e teste senta e alcança) a todos os alunos da amostra e um questionário para avaliar o nível de actividade física. As diferenças entre os intervalos de nascimento observados foram determinadas pela aplicação do teste do Qui- Quadrado para os alunos e dados dos testes físicos. Foi realizado o teste de significância simples (ANOVA “one way”) para testar as diferenças verificadas entre o resultado dos testes físicos de cada aluno, por trimestre de nascimento e género. 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