Trabalho da educação: acção-humana, não-produtividade e comunidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Xavier Gomes, Elisabete
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Gonçalves, Teresa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/27869
Resumo: Este artigo procura uma conceção de trabalho que seja consistente com uma conceção de educação. Reage a vários problemas fundamentais que estão a fazer a educação sucumbir perante o automatismo, perante a pressão da produtividade e perante a definição estatal e normalizada das características e condições de existência das comunidades profissionais que fazem a educação. Coloca-se perante alguns problemas teóricos e, logo, com fortes reflexos nas vidas dos que se preocupam com o mundo e com a educação como forma de proteger o mundo e de o pôr à disposição dos que têm a capacidade de o reinventar. Explora o problema da profissionalização dos professores pelo modo como se tem visto reduzida a exigências próprias de uma lógica de mercado e com uma certa imposição de mecanismos burocratizantes. Critica o excessivo elogio do trabalho produtivo abrindo espaço para aceitar a não produtividade como característica da ação humana. Questiona o fechamento das comunidades profissionais em educação pelos muros que erguem perante os outros, os não-profissionais, e perante si próprios, aceitando ser representantes de um discurso técnico (re)produzido mecanicamente. Interessa-nos pensar como podemos manter-nos professoras do ensino superior e investigadoras em educação sabendo que o nosso gesto e a nossa voz podem ser representativos de uma comunidade profissional, mas também podem ser mesmo singulares, sem representação e só com presentificação e subjectificação.
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