As sonatas para baixo contínuo de Bernardo Pasquini: uma didática da improvisação barroca

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valuja González, Débora
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/9087
Resumo: O dicionário Grove define improvisação como “a criação de uma obra musical, ou da sua forma final, enquanto é executada. A obra pode ser uma criação imediata ou a elaboração desde um marco inicial.” É neste contexto que encontramos a palavra improvisação no mundo da música barroca. A introdução da técnica do baixo contínuo nas composições implicava, sobre tudo em Itália onde praticamente só se escrevia a linha do baixo sem cifras, ter de improvisar as partes intermédias. Concretamente foi dentro da música sacra onde esta prática adquiriu uma maior importância com os baixos escritos para poder acompanhar ao coro durante a missa. Em algum momento os organistas perceberam que precisavam alguma ajuda visual para esta improvisação. Assim, os compositores começaram a escrever algumas cifras e nasceu uma forma própria: o verso para órgão. A partir de aqui, o baixo contínuo começa a desenvolver-se também na música secular e os compositores vêm nele uma ferramenta para instruir aos seus alunos não só nesta arte senão também na arte da improvisação. Desta forma inicia-se em Itália a tradição que hoje conhecemos com o nome de partimento. O primeiro compositor do que nos chegaram partimenti é Bernardo Pasquini (1637-1710), que os teria concebido não só como exercício, senão também a pensar no resultado final como uma obra musical autossuficiente. Esta dissertação pretende dar a conhecer um pouco mais este repertório, assim como dilucidar se este método poderia ser relevante na formação dos cravistas (e/ou organistas) do Séc. XXI.
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