Utilização de uma formulação indutora de quebra de dormência em mirtilio Vaccinium corymbosum L.

• Autor(a) principal: Monteiro, Alexandre Fernando Gonçalves
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/3304
• topic: Dormência; Fenologia; Frio invernal; Maturação; Mirtilo; Blueberry; Dormency; Maturation; Phenology; Winter cold

O cultivo do mirtilo em Portugal tem vindo a crescer nos últimos anos. Trata-se de uma espécie que despertou grande interesse comercial, principalmente ao nível das exportações para países no norte da Europa. Nas últimas décadas, tem-se assistido a um aumento da temperatura média à escala global, com invernos cada vez mais amenos, com consequências ao nível da quebra da dormência das espécies particularmente exigentes em frio invernal, traduzindo-se em abrolhamentos tardios, irregulares, florações fracas e muito escalonadas, com influência negativa na produtividade do mirtilo. O objetivo deste trabalho, consistiu na avaliação de uma formulação com vários produtos fertilizantes e um fitofarmacêutico, na quebra da dormência em três cultivares de mirtilo: Duke, Bluecrop e Chandler. O estudo consistiu em três ensaios (um por cultivar) e num delineamento completamente casualizado, com quatro repetições. No campo, avaliou-se a fenologia das cultivares em estudo no período de 6 de março de 2021 até 22 de maio de 2021, tendo as observações incidido em 2 ramos por cada duas plantas, em cada repetição. Após cada colheita, mediu-se o calibre dos frutos e colocaram-se 20 frutos por repetição na arca frigorífica para as determinações analíticas. Com as colheitas terminadas, realizou-se as análises em laboratório do ºBrix, acidez titulável, pH e matéria seca. Dos resultados obtidos, verificou-se que não houve diferenças estatisticamente significativas entre as modalidades ensaiadas, mas a formulação testada nestas plantas ajudou a que as fases fenológicas fossem mais uniformes e precoces, bem como um início de colheita ligeiramente mais cedo e um número superior de frutos e calibre nas plantas tratadas. No geral, os valores das determinações analíticas encontraram-se numericamente superiores às plantas da modalidade testemunha, no entanto, teria interesse fazer novo ensaio com a mesma formulação ou com novos ajustes e comparar com um produto diferente de forma a confirmar resultados.