O Impacto da COVID-19 em Profissionais de Servi?o Social Portugueses e Brasileiros: um estudo explorat?rio

• Autor(a) principal: Castro, Marina Monteiro de Castro e
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Ribeiro, S?nia
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: https://doi.org/Castro, M. M. C., & Ribeiro, S. (2022). O impacto da COVID-19 em profissionais de servi?o social portugueses e brasileiros: Um estudo explorat?rio. Revista Portuguesa De Investiga??o Comportamental E Social, 8(2), 1?17. https://doi.org/10.31211/rpics.2022.8.2.275; https://doi.org/10.31211/rpics.2022.8.2.275
• topic: Covid-19 - Covid-19; Impacto - Impact; Pandemia - Pandemic; Servi?o Social - Social Work

Objetivo: O presente estudo teve como objetivo pesquisar o impacto da pandemia COVID-19 na realidade profissional de assistentes sociais portugueses e brasileiros. Os assistentes sociais foram desafiados a exercer a sua pr?tica profissional, enquanto servi?o essencial, em condi??es de grande incerteza e de elevado risco, como foi o da pandemia. A investiga??o organizou-se em tr?s eixos de an?lise: 1) impacto da pandemia nos benefici?rios diretos do servi?o social; 2) dificuldades, desafios, novas pr?ticas e metodologias na interven??o social; 3) concilia??o entre a vida pessoal e a vida profissional e preocupa??es futuras. M?todos: Recolha de dados por meio de um question?rio sociodemogr?fico e profissional e um gui?o de entrevista. Em Portugal, foram realizadas 20 entrevistas a assistentes sociais usando a plataforma de videoconfer?ncia Zoom, e no Brasil foram efetuadas 17 entrevistas que decorreram de forma presencial, entre dezembro de 2021 e mar?o de 2022. Resultados: O distanciamento social durante a pandemia implicou a ado??o de tecnologias virtuais na pr?tica do servi?o social. Numa pr?tica profissional em que o face a face ? fundamental na rela??o, o confinamento e o isolamento foram constrangimentos extraordin?rios. Os assistentes sociais conviveram com inseguran?a, dificuldades de acesso a equipamentos de prote??o individual, intensifica??o do trabalho e adapta??o a uma nova din?mica de trabalho. Conclus?es: Os assistentes sociais inquiridos, apesar de exaustos, expressaram ter sido resilientes e capazes em rapidamente se adaptar a novas pr?ticas, recusando-se a abandonar os valores e princ?pios ?ticos da profiss?o. Num contexto de grande incerteza, de pouca informa??o, de medo e mesmo com poucos recursos, os assistentes sociais tiveram presente o sentido de miss?o e de compromisso solid?rio que define a profiss?o ? assegurar o acesso das pessoas aos direitos, ao bem-estar e ? seguran?a. / Objective: This study aimed to analyze the impact of the COVID-19 pandemic on the professional reality of Portuguese and Brazilian social workers. Social workers were challenged to perform their professional practice, as an essential service, under conditions of great uncertainty and high risk, as was the case of the pandemic. The objective of the investigation is organized into three axes of analysis: 1) impact of the pandemic on the direct beneficiaries of the social work; 2) difficulties, challenges, and new practices and methodologies in social intervention; 3) reconciliation of personal/professional life and future concerns of these professionals. Methods: Data was collected through a sociodemographic and professional questionnaire and an interview guide. In Portugal, the videoconferencing platform Zoom was used to conduct 20 interviews with social workers, and in Brazil, 17 interviews were carried out in person. Results: Social distancing during the pandemic involved adopting virtual technologies in social work practice. In a professional practice where face-to-face is central to the relationship, confinement and isolation were major constraints. Social workers operated within security, difficulties accessing personal protective equipment, intensifying work, and adaptation to a new work dynamic. Conclusions: The social workers surveyed, although exhausted, expressed that they were resilient and able to quickly adapt to new practices, refusing to abandon the values and ethical principles of the profession. Moreover, in a context of great uncertainty, little information, fear, and even with few resources, they kept in mind the sense of mission and solidary commitment that defines the profession to ensure people's access to rights, well-being, and safety.