A magia de se saber ver

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bahia, Sara
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/2729
Resumo: Muitas das pessoas que fizeram a História pensavam por imagens. Estas parecem constituir importantes auxiliares para a tomada de decisão, a resolução de problemas concretos e, ainda, o raciocínio abstracto. A título de exemplo, Faraday e Einstein relataram ter criado imagens para raciocinar sobre problemas inovadores complexos, que nos trouxeram uma compreensão mais ampla dos fenómenos que ocorrem no mundo que nos rodeia. Leonardo da Vinci, Picasso e Dali sabiam ver de uma forma diferente e, juntamente com inúmeros artistas deixaram-nos um legado de imagens que nos permitem compreender o mundo à nossa volta de uma forma mais bela e abrangente e, em última análise, desenvolvem a nossa capacidade de contemplação do mundo e de nós próprios. Mas nem todos conseguem pensar por imagens. A capacidade imagética difere substancialmente: algumas pessoas têm uma capacidade imagética elevada e são capazes de representar na mente inúmeros pormenores icónicos, ao passo que apresentam uma capacidade imagética mais baixa que apenas relatam uma descrição vaga de um objecto, sem riqueza e detalhe. Pensando nestas últimas, que não usufruem desta capacidade mágica que é saber ver, vale a pena investir e intervir no pensar por imagens. Mas afinal, como se aprende a saber ver? Algumas investigações realizadas recentemente em pequenos “mundos adolescentes”, no âmbito da Profissionalização em Serviço assegurada pela FPCE-UL, mostram-nos que é possível estimular a capacidade de “ver”. Estimular o “ver” com os outros sentidos, analisar e promover debates sobre quadros famosos ou desconstruir a arte contemporânea, são formar de ajudar adolescentes a saberem ver de uma forma diferente e de os capacitar para a apreciação da arte. E mais do que isso, quem teve oportunidade de aprender a ver “melhor” ao longo do seu percurso de vida, consegue mostrar que pensa por imagens, qualificando grandes obras de arte de uma forma quase tão exímia quanto a dos seus próprios criadores.
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