Bateria Luria-DNA para a população portuguesa: os défices cognitivos associados ao VIH/SIDA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/2668 |
Resumo: | Várias razões justificam o interesse das investigações no âmbito da Psicologia da Saúde, nomeadamente na área da Neuropsicologia, sobre as consequências da infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Em primeiro lugar, e de acordo com os dados do European Centre for Disease Prevention and Control (2014), a infecção por VIH continua a ser o maior problema de saúde pública na Europa. Em segundo lugar, a infecção causada pelo VIH, para além de afetar o sistema imunitário, tem um impacto relevante no Sistema Nervoso Central (SNC), particularmente no cérebro. O VIH introduz-se no cérebro através da migração dos monócitos e linfócitos que atravessam a barreira hematoencefálica, processo também conhecido por Cavalo de Tróia. Minagar e Shapshak (2006) afirmam que o VIH invade o SNC quando se dá a seroconversão, apesar de muitos pacientes não apresentarem sintomatologia clínica. Spudich e González-Scarano (2012) afirmam que o VIH-1 infeta e causa défices no SNC e periférico em praticamente todos os pacientes com infeção sistémica. As alterações cognitivas associadas ao VIH (HIV Associated Neurocognitive Disorder – HAND) – são o resultado das lesões cerebrais causadas pela reprodução do VIH. A terapêutica antiretroviral (TAR) reduziu a prevalência da HAND Severa, mas não da Leve e Moderada. Finalmente, outra razão pertinente para o interesse nas investigações sobre o VIH, prende-se com as implicações políticas e psicossociais derivadas de um melhor conhecimento sobre os défices cognitivos em pessoas portadoras de VIH e SIDA, uma vez que estes estudos podem contribuir para minorar os estigmas de que são alvo as pessoas infetadas (Garcia, 2009). Christo (2010) salienta a importância da avaliação neuropsicológica para identificar e diagnosticar défices cognitivos associados ao VIH, bem como traçar perfis neuropsicológicos e a sua evolução, devendo incluir os seguintes domínios: atenção/ /concentração, velocidade do processamento da informação, função executiva, raciocínio/ /abstração, memória/aprendizagem, habilidade visuoespacial e funcionamento motor.O contributo do presente trabalho consiste na adaptação de um instrumento de avaliação neuropsicológica, o Luria-Diagnóstico Neuropsicológico de Adultos (Luria-DNA), para a população portuguesa, nomeadamente a população clínica dos portadores de VIH/SIDA. |
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