Metodologias de investigação em Geografia Humana. Programa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/62036 |
Resumo: | As linhas que norteiam a definição de objectivos, estratégias e conteúdos para uma unidade curricular de Metodologias de Investigação em Geografia Humana derivam de quatro considerações sobre o ensino superior e a investigação neste campo do saber: • Tem existido, em Portugal, um défice significativo nos campos do enquadramento teórico e conceptual e da explicitação dos procedimentos metodológicos, tanto ao nível do ensino como no âmbito da investigação. • As metodologias de investigação são frequentemente reduzidas à dimensão de técnicas instrumentais (recolha e tratamento de dados), o que significa assumir que os dados falam por si, ou seja, que contêm a sua própria explicação. • A identidade da Geografia releva sobretudo dos objectos de estudo (espaços, regiões, territórios, lugares, paisagens, …), sendo difícil, senão impossível, identificar referências identitárias ao nível das orientações teóricas e metodológicas. • As dinâmicas que se vêm afirmando nos vários segmentos do mercado de trabalho em que os geógrafos se inserem apontam para um reforço da capacidade de organizar e desenvolver projectos de forma autónoma, o que se deve traduzir, em termos de formação, na aquisição de competências pessoais e científicas que permitam dar esse tipo de resposta. A organização deste programa reflecte também necessariamente um conjunto de convicções pessoais sobre o modo como deve ser conduzido o ensino da Geografia na Universidade. Na opinião da autora, um curso de Geografia (graduação ou pós-graduação) deve ser um lugar onde se privilegia o gosto pelo saber e o prazer da descoberta através de processos de aprendizagem activos e criativos. Deve abarcar também um leque de questões/problemas que permita aos alunos configurarem a sua própria concepção da Geografia e definirem as linhas de pesquisa que considerarem mais interessantes, na óptica da promoção da autonomia, da inovação e da capacidade de decisão. |
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Metodologias de investigação em Geografia Humana. ProgramaGeografia HumanaInvestigaçãoMetodologiaAs linhas que norteiam a definição de objectivos, estratégias e conteúdos para uma unidade curricular de Metodologias de Investigação em Geografia Humana derivam de quatro considerações sobre o ensino superior e a investigação neste campo do saber: • Tem existido, em Portugal, um défice significativo nos campos do enquadramento teórico e conceptual e da explicitação dos procedimentos metodológicos, tanto ao nível do ensino como no âmbito da investigação. • As metodologias de investigação são frequentemente reduzidas à dimensão de técnicas instrumentais (recolha e tratamento de dados), o que significa assumir que os dados falam por si, ou seja, que contêm a sua própria explicação. • A identidade da Geografia releva sobretudo dos objectos de estudo (espaços, regiões, territórios, lugares, paisagens, …), sendo difícil, senão impossível, identificar referências identitárias ao nível das orientações teóricas e metodológicas. • As dinâmicas que se vêm afirmando nos vários segmentos do mercado de trabalho em que os geógrafos se inserem apontam para um reforço da capacidade de organizar e desenvolver projectos de forma autónoma, o que se deve traduzir, em termos de formação, na aquisição de competências pessoais e científicas que permitam dar esse tipo de resposta. A organização deste programa reflecte também necessariamente um conjunto de convicções pessoais sobre o modo como deve ser conduzido o ensino da Geografia na Universidade. Na opinião da autora, um curso de Geografia (graduação ou pós-graduação) deve ser um lugar onde se privilegia o gosto pelo saber e o prazer da descoberta através de processos de aprendizagem activos e criativos. Deve abarcar também um leque de questões/problemas que permita aos alunos configurarem a sua própria concepção da Geografia e definirem as linhas de pesquisa que considerarem mais interessantes, na óptica da promoção da autonomia, da inovação e da capacidade de decisão.Centro de Estudos Geográficos, Universidade de LisboaRepositório da Universidade de LisboaAndré, Isabel2024-01-23T14:28:29Z20052005-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/62036por972-636-162-1info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-29T01:19:39Zoai:repositorio.ul.pt:10451/62036Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:58:29.692253Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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