Que escolaridade obrigatória vamos ter?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Meireles-Coelho, Carlos
Data de Publicação: 1987
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/9675
Resumo: A escolaridade obrigatória em Portugal acabou de passar de 6 para 9 anos em 1987-88. O primeiro desafio não é obrigar mas generalizar, prevenindo o abandono escolar e o insucesso educativo. O segundo desafio consiste em não confundir escolaridade obrigatória com educação básica ou ensino básico, numa interpretação simplista da Constituição; a de 1971 dizia que «o ensino básico é obrigatório» e a de 1976 diz que «incumbe ao Estado: assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito». O terceiro desafio será criar uma escola única a tempo inteiro para as crianças dos 4 aos 12 anos, tendo como principal razão assegurar a continuidade educativa num primeiro nível da educação básica com integração dos meios escolares com os pré-escolares e extra-escolares. O quarto desafio será diversificar, num segundo nível, o ensino unificado do 3.º ciclo de modo a, sem continuar com o cariz elitista e reprodutor da educação, oferecer, em igualdade de oportunidades, não a mesma educação igual para todos mas a melhor educação para cada um, respeitando a progressão individualizada, o ritmo, os interesses e as aptidões de cada um. O quinto desafio estará na harmonização das diferenças de modo que cada indivíduo desenvolva plenamente a sua personalidade, tornando-se um cidadão livre, responsável, autónomo, solidário, «produtivo, eficaz e feliz», valorizando, desde as primeiras idades, a dimensão humana do trabalho e desenvolvendo a capacidade para o trabalho, com base numa sólida formação geral e numa formação específica para «participar activamente na vida social». O sexto desafio é a motivação para a educação e formação ao longo da vida num mundo em constante mudança nas oportunidades de emprego, acesso a postos de trabalho e mudanças de profissão.
id RCAP_280257f3a08f28a2e9ee9ee5b4d3b678
oai_identifier_str oai:ria.ua.pt:10773/9675
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Que escolaridade obrigatória vamos ter?escolaridade obrigatóriaeducação básicaautonomiaresponsabilidadesolidariedadeigualdade de oportunidadesdiversificação educativaprogressão individualizadapreparação para a vida activaestudo e trabalho ao longo da vidaA escolaridade obrigatória em Portugal acabou de passar de 6 para 9 anos em 1987-88. O primeiro desafio não é obrigar mas generalizar, prevenindo o abandono escolar e o insucesso educativo. O segundo desafio consiste em não confundir escolaridade obrigatória com educação básica ou ensino básico, numa interpretação simplista da Constituição; a de 1971 dizia que «o ensino básico é obrigatório» e a de 1976 diz que «incumbe ao Estado: assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito». O terceiro desafio será criar uma escola única a tempo inteiro para as crianças dos 4 aos 12 anos, tendo como principal razão assegurar a continuidade educativa num primeiro nível da educação básica com integração dos meios escolares com os pré-escolares e extra-escolares. O quarto desafio será diversificar, num segundo nível, o ensino unificado do 3.º ciclo de modo a, sem continuar com o cariz elitista e reprodutor da educação, oferecer, em igualdade de oportunidades, não a mesma educação igual para todos mas a melhor educação para cada um, respeitando a progressão individualizada, o ritmo, os interesses e as aptidões de cada um. O quinto desafio estará na harmonização das diferenças de modo que cada indivíduo desenvolva plenamente a sua personalidade, tornando-se um cidadão livre, responsável, autónomo, solidário, «produtivo, eficaz e feliz», valorizando, desde as primeiras idades, a dimensão humana do trabalho e desenvolvendo a capacidade para o trabalho, com base numa sólida formação geral e numa formação específica para «participar activamente na vida social». O sexto desafio é a motivação para a educação e formação ao longo da vida num mundo em constante mudança nas oportunidades de emprego, acesso a postos de trabalho e mudanças de profissão.Noesis2013-02-11T15:53:45Z1987-09-01T00:00:00Z1987-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/9675porMeireles-Coelho, Carlosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:16:39Zoai:ria.ua.pt:10773/9675Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:46:28.000983Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Que escolaridade obrigatória vamos ter?
title Que escolaridade obrigatória vamos ter?
spellingShingle Que escolaridade obrigatória vamos ter?
Meireles-Coelho, Carlos
escolaridade obrigatória
educação básica
autonomia
responsabilidade
solidariedade
igualdade de oportunidades
diversificação educativa
progressão individualizada
preparação para a vida activa
estudo e trabalho ao longo da vida
title_short Que escolaridade obrigatória vamos ter?
title_full Que escolaridade obrigatória vamos ter?
title_fullStr Que escolaridade obrigatória vamos ter?
title_full_unstemmed Que escolaridade obrigatória vamos ter?
title_sort Que escolaridade obrigatória vamos ter?
author Meireles-Coelho, Carlos
author_facet Meireles-Coelho, Carlos
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Meireles-Coelho, Carlos
dc.subject.por.fl_str_mv escolaridade obrigatória
educação básica
autonomia
responsabilidade
solidariedade
igualdade de oportunidades
diversificação educativa
progressão individualizada
preparação para a vida activa
estudo e trabalho ao longo da vida
topic escolaridade obrigatória
educação básica
autonomia
responsabilidade
solidariedade
igualdade de oportunidades
diversificação educativa
progressão individualizada
preparação para a vida activa
estudo e trabalho ao longo da vida
description A escolaridade obrigatória em Portugal acabou de passar de 6 para 9 anos em 1987-88. O primeiro desafio não é obrigar mas generalizar, prevenindo o abandono escolar e o insucesso educativo. O segundo desafio consiste em não confundir escolaridade obrigatória com educação básica ou ensino básico, numa interpretação simplista da Constituição; a de 1971 dizia que «o ensino básico é obrigatório» e a de 1976 diz que «incumbe ao Estado: assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito». O terceiro desafio será criar uma escola única a tempo inteiro para as crianças dos 4 aos 12 anos, tendo como principal razão assegurar a continuidade educativa num primeiro nível da educação básica com integração dos meios escolares com os pré-escolares e extra-escolares. O quarto desafio será diversificar, num segundo nível, o ensino unificado do 3.º ciclo de modo a, sem continuar com o cariz elitista e reprodutor da educação, oferecer, em igualdade de oportunidades, não a mesma educação igual para todos mas a melhor educação para cada um, respeitando a progressão individualizada, o ritmo, os interesses e as aptidões de cada um. O quinto desafio estará na harmonização das diferenças de modo que cada indivíduo desenvolva plenamente a sua personalidade, tornando-se um cidadão livre, responsável, autónomo, solidário, «produtivo, eficaz e feliz», valorizando, desde as primeiras idades, a dimensão humana do trabalho e desenvolvendo a capacidade para o trabalho, com base numa sólida formação geral e numa formação específica para «participar activamente na vida social». O sexto desafio é a motivação para a educação e formação ao longo da vida num mundo em constante mudança nas oportunidades de emprego, acesso a postos de trabalho e mudanças de profissão.
publishDate 1987
dc.date.none.fl_str_mv 1987-09-01T00:00:00Z
1987-09
2013-02-11T15:53:45Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10773/9675
url http://hdl.handle.net/10773/9675
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Noesis
publisher.none.fl_str_mv Noesis
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137516746440704