EDUCAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS NO CURRÍCULO DO ENSINO SECUNDÁRIO DE TIMOR-LESTE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bonito, Jorge
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Marques, Luis, Rebelo, Dorinda, Soares de Andrade, António
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/8630
Resumo: No âmbito da Reforma Curricular do Ensino Secundário Geral da República Democrática de Timor-Leste, foi definido um plano que permitisse aos alunos escolher uma de duas vias de formação: Ciências e Tecnologias, e Ciências Sociais e Humanidades. Inserida na primeira via, a Geologia, que se articula com área do desenvolvimento científico das Ciências Físico-Naturais, estudadas no 3.º ciclo do ensino básico, é uma das cinco disciplinas da área das Ciências e Tecnologias, ao longo dos três anos do ensino secundário, com três tempos letivos semanais. Enquanto “medicina da Terra”, a Geologia desempenha um papel duplo: contribui para a formação do cidadão e é relevante para a sustentabilidade dos equilíbrios essenciais à manutenção da vida no Planeta. “As temáticas que aborda influenciam o bem-estar da pessoa humana, o desenvolvimento económico, o progresso social e, ainda, a forma como esta interage com o ambiente. Nesse sentido, pretende-se que a disciplina de Geologia contribua para que os alunos desenvolvam capacidades, atitudes e valores de uma forma integrada e contextualizada, com recurso a diferentes ambientes de aprendizagem, como a sala de aula ou o campo” (PCESG, 2011). Dentre os pressupostos que sustentam a educação em geociências, destacamos três articulados com as recomendações da proclamação das Nações Unidas da “Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável” (2005-2014): a Terra funciona como um sistema onde a humanidade atua como um subsistema contrariando a ideia de sua separação em relação à natureza; a compreensão do sistema Terra deve ser holística, tanto do ponto de vista espacial como temporal; o curriculum de geociências deve sustentar-se em situações do mundo natural ou de natureza antrópica, mas que tenham relevância pessoal, local, regional, nacional ou global. Com base na atual matriz da educação em ciência, que aponta expectativas acerca da necessidade da compreensão pelos alunos da construção do conhecimento científico, mudando o ensino e a aprendizagem de uma lógica de absolutização dos conteúdos para uma coerência valorizadora de processos, e de uma visão de ciência como acreção do conhecimento para uma perspetiva centrada no questionamento e na pesquisa, o programa de Geologia organiza-se em redor de três eixos concetuais: “O que somos” (10.º ano); “A nossa história” (11.º ano); “Que futuro temos” (12.º ano). Esta comunicação centra-se, numa primeira parte, na apresentação dos fundamentos que conduziram à elaboração dos três manuais de geologia do ensino secundário, seguidas das orientações didáticas que estiveram como suporte na construção dos três guias pedagógicos destinados aos professores. Aproximando-se do fim, partilha-se a experiência de formação realizada com professores da disciplina de Geologia na Universidade de Aveiro e a realizada durante a missão em Timor-Leste de acompanhamento da implementação do manual do 10.º ano de escolaridade. Em jeito de giza, projetam-se as necessidades de formação percebidas pelos autores deste trabalho.
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