Perspectivas de avaliação na disciplina de matemática, de alunos do 2º e do 3º ciclos do ensino básico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Nuno Miguel Pinto da
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/2982
Resumo: Dissertação de mestrado em Educação, área de especialização em Supervisão Pedagógica em Ensino da Matemática.
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spelling Perspectivas de avaliação na disciplina de matemática, de alunos do 2º e do 3º ciclos do ensino básicoDissertação de mestrado em Educação, área de especialização em Supervisão Pedagógica em Ensino da Matemática.Tradicionalmente, a avaliação centrava-se fundamentalmente no professor, que exercia uma função de controlo com incidência no resultado das aprendizagens dos alunos. Porém, nos últimos tempos, este cenário começou a suscitar a preocupação dos agentes educativos, que reclamam práticas de avaliação centradas nos alunos, exercendo o professor uma função de facilitador da aprendizagem e enfatizando o processo. A avaliação na disciplina de Matemática e os resultados dos alunos têm sido objecto de numerosos debates sociais. No entanto, o papel dos alunos e as suas perspectivas não têm sido objecto de muitos estudos. É este o ponto de partida para a nossa investigação, que incidiu num grupo de alunos de uma escola E.B.2,3 do distrito do Porto. Assim, tendo como objectivo principal diagnosticar as perspectivas de avaliação dos alunos do Ensino Básico na disciplina de Matemática, procurámos compreender as implicações dessas perspectivas no processo de ensino-aprendizagem; dar voz aos alunos e enumerar algumas medidas, por eles sugeridas, que possam ajudar à clarificação e melhoria do processo avaliativo. Formulámos, então, as seguintes questões: o que pensam os alunos da avaliação em Matemática: 1) quais as suas perspectivas sobre a avaliação? 2) qual a utilidade que lhe atribuem? 3) como é efectuado esse processo? é negociado? imposto? transparente? 4) Terá a avaliação influência no percurso escolar e de vida do aluno? O trabalho encontra-se dividido em duas partes: um enquadramento teórico e um enquadramento empírico. O enquadramento teórico subsidiou o trabalho de campo efectuado e explicita os principais conceitos relacionados com a temática. O estudo, de natureza mista, quantitativa e qualitativa, partiu de uma abordagem qualitativa para construção de um questionário que foi aplicado a 128 alunos do 2º e 3º ciclos do Ensino Básico. Verificámos que a maioria dos alunos inquiridos diz gostar da disciplina de Matemática (pela utilidade dos conteúdos ou por ser uma disciplina fundamental para a progressão dos estudos). Este gosto vai, contudo, diminuindo, quando se avança no ano de escolaridade. O facto de ser comum dizer-se que a Matemática é uma disciplina difícil é, por si só, um factor capaz de influenciar, negativamente, cerca de 20% dos alunos. Os alunos atribuem ao professor de Matemática uma influência considerável no seu gosto pela disciplina. Por outro lado, atribuem à avaliação uma função essencialmente formadora e reguladora, considerando que serve para, tanto eles, quanto o professor, “ultrapassarem” necessidades e dificuldades “construindo” o conhecimento. Os testes sumativos continuam referenciados, pelos alunos, como o instrumento mais utilizado pelos professores. No que se refere à negociação da avaliação, observámos grandes diferenças entre os resultados obtidos no 2º ciclo e os resultados obtidos no 3º ciclo. Enquanto que 96,4% dos alunos do 2º ciclo consideram ter tido a possibilidade de negociar a forma como seriam avaliados, apenas 27,4% dos alunos do 3º ciclo consideram ter tido esta oportunidade. No entanto, a maioria dos alunos (acima dos 60%) afirma não saber o valor que o professor atribui a cada um dos elementos que utiliza na sua avaliação. Tanto os alunos do 2º ciclo quanto os do 3º ciclo consideram que poderiam ajudar o professor a conhecer melhor aquilo em que têm mais dificuldades, assim como os seus progressos. Para isso, reclamam uma participação mais activa na sua avaliação. Por último, verificámos que os alunos reproduzem o modelo de avaliação dos seus professores, pois também eles utilizariam, se estivessem no papel de professores, os testes, o comportamento e a participação como principais elementos de avaliação.Assessment was traditionally focused on the teachers who had a function of control on results or products of learning. However it has started to raise the concern of educational agents, who now claim the importance of focusing the assessment on the pupils while teachers have the role of learning facilitators and focus on the process. Although assessment in mathematics has been largely debated, the pupils’ role and perspectives have not been studied. This is the starting point for our research which focused on a group of pupils of a E.B.2,3 of the district of Porto. Our goal was, not only to diagnose the pupils’ perspectives on assessment, but also to understand their implications for the mathematics teaching and learning process. That is, it was intended to give voice to the pupils and to list some measures proposed by them that could possibly lead to the enlightenment and improvement of the assessment process. The following questions were formulated: What do pupils think about assessment in mathematics: 1) which are their perspectives on assessment? 2) how useful do they consider the process? 3) how is the process performed? is it negotiated? imposed? transparent? 4) Does assessment have impact on the student’s school and everyday life? This report is divided in two parts: a theoretical framework and an empirical framework. The theoretical framework presents the main related concepts and was the basis for the field work. The research methodology evolved from a qualitative approach with interviews to a few pupils, to a quantitative one with the construction of a questionnaire that was applied to 128 2nd and 3rd cycles pupils from one basic school. The results enable us to conclude that most pupils say they like Mathematics. However, this feeling relies upon the fact that the subject deals with useful contents for everyday life. It was noted that these positive feelings towards Mathematics decrease as pupils progress in their school grades. Pupils express that the Mathematics teacher has a considerable importance on their attitude towards the subject. On the other hand, 20% of pupils seem to have been negatively influenced by others comments that mathematics is a difficult discipline. We could also conclude that pupils believe that assessment’s role is essentially formative and that it assumes a function of regulation. They consider assessment to be useful both for them and the teacher, since it can help to “overcome” problems and to construct knowledge. Nevertheless, the pupils refer tests as the main assessment tool used by the teachers. Concerning the assessment negotiation, we found significant differences between the results of the 2nd and the 3rd cycles. While 96,4% of the 2nd cycle pupils say that they had the opportunity to negotiate their assessment, only 27,4% of the 3rd cycle pupils reported to have had the possibility to do it. Moreover, most students (more than 65%) do not know to what extent the teacher values each item dealt with in their assessment process. Both groups of students (2nd and 3rd cycles) think that they could help the teacher to know better both their learning difficulties and their progress. That’s the reason why they claim the need for a more active participation in their own assessment. Finally, the results show that pupils tend to reproduce the model of assessment adopted by their teachers. In fact, pupils referred that they would use tests, behaviour and participation in class as the main elements of assessment if they were given the role of the teacher.Alves, Maria PalmiraAlmeida, ConceiçãoUniversidade do MinhoSilva, Nuno Miguel Pinto da20042004-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/2982porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:04:04Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/2982Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:54:16.288618Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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