Avaliação da eficácia de um programa de intervenção na promoção da adesão terapêutica em doentes com VIH
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.16/1373 |
Resumo: | Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) em Portugal é a mais representativa causa de morte entre os 30 e os 39 anos de idade. O principal factor de prognóstico associado à progressão da doença e morte é a não adesão terapêutica. Alcançar níveis de adesão elevados torna-se fundamental para o bem estar destes doentes e da comunidade. Apesar da importância da adesão, não existe disponível um instrumento standard que nos permita na prática clinica monitorizá-la. Objectivos: validar para a população portuguesa uma escala de medição de adesão à terapêutica antiretroviral e implementar um projecto de intervenção para a promoção da sua adesão. Métodos: Efectuado um estudo longitudinal por um período de nove meses numa população de 102 doentes com infecção pelo VIH não toxicodependentes em acompanhamento no Hospital Joaquim Urbano (HJU). Aplicou-se a “Escala Simplificada para detecção de Problemas de Adesão” (ESPA) para medir adesão terapêutica, usando para sua validação, valores de carga viral. Nos doentes não aderentes foi implementado um programa de intervenção cuja estratégia principal foi a realização de acções de educação para a saúde (AEPS). Resultados: A amostra era maioritariamente do género masculino (70%), com orientação heterossexual (78%) e com média de idade de 49 anos. Mais de ¼ da amostra (31%) apresentava escolaridade elevada (secundário e superior) e 35% trabalhava no sector terciário. A via de transmissão do VIH foi maioritariamente sexual (99%). Aplicado a ESPA verificamos que 48% dos participantes não aderia à TARV. Destes, 43% compareceram à 1.ª AEPS e 14% à 2.ª sessão. Após implementação do programa, as respostas erradas sobre VIH e medicação diminuíram de 21 para 3%, e a não adesão à TARV diminui para 22%. Isto é, em mais de 50% dos casos resultou no aumento nos linfocitos T CD4 e na diminuição da CV. Conclusões: A implementação de um projecto de intervenção comunitária nesta população revelou-se possível e eficaz, nomeadamente com resultados significativos na melhoria da adesão à TARV. O presente estudo, pelo seu caracter inovador, constitui sem dúvida um incentivo ao desenvolvimento de estratégias inovadoras de suporte continuado com eficiência na promoção da saúde. |
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