Perspetivas sobre a representação das monções no Museu Paulista e no Museu Republicano de Itu
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.4000/midas.1784 |
Resumo: | O artigo analisa as formas de apropriação das obras de ilustradores científicos do século XIX – produzidas no decurso da expedição Langsdorff (1825-1829) – por Afonso d’Escragnolle Taunay (1876-1958) durante a sua direção no Museu Paulista, em São Paulo (Brasil), e no Museu Republicano Convenção de Itu, uma extensão do Museu Paulista. Afonso d’Escragnolle Taunay, diretor do museu entre 1917 e 1945, ao montar as salas expositivas dedicadas às monções – expedições fluviais durante o século XVIII e inícios do século XIX –, acabou não só por obscurecer eventos da expedição Langsdorff retratados pelos ilustradores, como também contribuiu para uma discutível associação entre monções e bandeirantes – expedições de exploração colonial durante o século XVII-XVIII –, cujos movimentos eram distintos em termos de personagens, roteiros e objetivos. Esta associação é uma hipótese que tem sido levantada por vários autores, nomeadamente para o caso da exposição inaugurada em 1929 no Museu Paulista. No entanto, este artigo perspetiva uma visão de conjunto, examinando a representação das monções durante a direção de Afonso d’Escragnolle Taunay nos dois museus, em particular as duas exposições no Museu Paulista dedicadas às monções – A-9 (1929) e B-4 (1944) – e no Museu Republicano Convenção de Itu a azulejaria na entrada deste museu. Nos três casos analisa-se a forma como as obras de ilustradores do século XIX, nomeadamente as de Hercule Florence (1804-1879) e de Aimé-Adrien Taunay (1803-1828), foram apropriadas, e em que contexto, para a representação das monções, nomeadamente através da encomenda de pinturas e azulejos. |
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Perspetivas sobre a representação das monções no Museu Paulista e no Museu Republicano de Ituhistória das exposiçõesMuseu PaulistaMuseu Republicano de Ituexpedição LangsdorffAfonso d’Escragnolle Taunayhistory of exhibitionsLangsdorff expeditionO artigo analisa as formas de apropriação das obras de ilustradores científicos do século XIX – produzidas no decurso da expedição Langsdorff (1825-1829) – por Afonso d’Escragnolle Taunay (1876-1958) durante a sua direção no Museu Paulista, em São Paulo (Brasil), e no Museu Republicano Convenção de Itu, uma extensão do Museu Paulista. Afonso d’Escragnolle Taunay, diretor do museu entre 1917 e 1945, ao montar as salas expositivas dedicadas às monções – expedições fluviais durante o século XVIII e inícios do século XIX –, acabou não só por obscurecer eventos da expedição Langsdorff retratados pelos ilustradores, como também contribuiu para uma discutível associação entre monções e bandeirantes – expedições de exploração colonial durante o século XVII-XVIII –, cujos movimentos eram distintos em termos de personagens, roteiros e objetivos. Esta associação é uma hipótese que tem sido levantada por vários autores, nomeadamente para o caso da exposição inaugurada em 1929 no Museu Paulista. No entanto, este artigo perspetiva uma visão de conjunto, examinando a representação das monções durante a direção de Afonso d’Escragnolle Taunay nos dois museus, em particular as duas exposições no Museu Paulista dedicadas às monções – A-9 (1929) e B-4 (1944) – e no Museu Republicano Convenção de Itu a azulejaria na entrada deste museu. Nos três casos analisa-se a forma como as obras de ilustradores do século XIX, nomeadamente as de Hercule Florence (1804-1879) e de Aimé-Adrien Taunay (1803-1828), foram apropriadas, e em que contexto, para a representação das monções, nomeadamente através da encomenda de pinturas e azulejos.The article examines the appropriation of nineteenth-century scientific illustrator’s works – produced during the Langsdorff expedition (1825-1829) – by Afonso d’Escragnolle Taunay (1876-1958) during his time as director of the Museu Paulista in São Paulo (Brazil) and of the Museu Republicano Convenção de Itu, an extension of the Museu Paulista. Afonso d’Escragnolle Taunay, museum director between 1917 and 1945, while organizing exhibition rooms dedicated to the monsoons – river expeditions during the eighteenth and early nineteenth century – not only darkened the Langsdorff expedition’s events portrayed by the scientific illustrators, but has also contributed to a doubtful association between monsoons and bandeirantes – expeditions for colonial exploration during the seventeenth and eighteenth century – two movements whose characters, itineraries and objectives were different. This association is a hypothesis raised by several authors, namely regarding an exhibition inaugurated in 1929 at the Museu Paulista. However, this article envisages a more general view, examining the monsoons representation during Afonso d’Escragnolle Taunay management in the two museums, in particular the two exhibitions in the Museu Paulista dedicated to the monsoons – A-9 (1929) and B-4 (1944) – and at the Museu Republicano Convenção de Itu the tiles at the entrance of this museum. In the three cases, it is analysed how the works of nineteenth-century illustrators such as Hercule Florence (1804-1879) and Aimé-Adrien Taunay (1803-1828) were appropriate, and in what context, for the representation of the monsoons.MIDASCIDEHUS - Centro Interdisciplinar de História Culturas e Sociedades da Universidade de Évora2019-06-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.4000/midas.1784https://doi.org/10.4000/midas.1784URI:https://journals.openedition.org/midasreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://journals.openedition.org/midas/1784urn:doi:10.4000/midas.1784Borrego, Maria Aparecida de Menezesinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-10T11:09:01Zoai:revues.org:midas/1784Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-07-10T11:09:01Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O artigo analisa as formas de apropriação das obras de ilustradores científicos do século XIX – produzidas no decurso da expedição Langsdorff (1825-1829) – por Afonso d’Escragnolle Taunay (1876-1958) durante a sua direção no Museu Paulista, em São Paulo (Brasil), e no Museu Republicano Convenção de Itu, uma extensão do Museu Paulista. Afonso d’Escragnolle Taunay, diretor do museu entre 1917 e 1945, ao montar as salas expositivas dedicadas às monções – expedições fluviais durante o século XVIII e inícios do século XIX –, acabou não só por obscurecer eventos da expedição Langsdorff retratados pelos ilustradores, como também contribuiu para uma discutível associação entre monções e bandeirantes – expedições de exploração colonial durante o século XVII-XVIII –, cujos movimentos eram distintos em termos de personagens, roteiros e objetivos. Esta associação é uma hipótese que tem sido levantada por vários autores, nomeadamente para o caso da exposição inaugurada em 1929 no Museu Paulista. No entanto, este artigo perspetiva uma visão de conjunto, examinando a representação das monções durante a direção de Afonso d’Escragnolle Taunay nos dois museus, em particular as duas exposições no Museu Paulista dedicadas às monções – A-9 (1929) e B-4 (1944) – e no Museu Republicano Convenção de Itu a azulejaria na entrada deste museu. Nos três casos analisa-se a forma como as obras de ilustradores do século XIX, nomeadamente as de Hercule Florence (1804-1879) e de Aimé-Adrien Taunay (1803-1828), foram apropriadas, e em que contexto, para a representação das monções, nomeadamente através da encomenda de pinturas e azulejos. |
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