Gestão do stresse e estratégias de coping: quando o stresse deixa de ser um problema

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Igreja, Cristina Maria Quirino
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/7235
Resumo: Esta dissertação tem por objetivos a avaliação da perceção de stresse e o estudo das estratégias de coping na função de Controlador de Tráfego Aéreo (CTA), de f orma a compreender se estamos perante indivíduos que percecionam elevados níveis de stresse na sua função e, de entre os que não se percecionam como stressados, compreender quais as estratégias de coping que utilizam, podendo inferir boas práticas ao nível do coping destes indivíduos. O objetivo final será reconhecer estratégias de coping adequadas capazes de promover a saúde do individuo e não a doença, reconhecendo assim o stresse como algo positivo, inerente à função, sem que constitua um problema ao longo da vida. Numa primeira parte teórica apresentam-se os principais conceitos de forma a delimitar as principais perspetivas e o “estado da arte” atual no que concerne ao stresse e às estratégias de coping. È igualmente feita uma caracterização exaustiva da função e dos profissionais em causa, que constituíram a amostra deste estudo. A análise teve por base uma amostra de 168 controladores de tráfego aéreo, os quais responderam a um questionário que permitiu concluir que a generalidade dos CTA apresenta índices médios de perceção de stresse no seu dia-a-dia, não existindo índices extremos de perceção de stresse nulo ou stresse elevado. Conclui-se ainda que não existem diferenças significativas nos índices de stresse percecionado em função das variáveis individuais e pessoais (de género, grupo etário, estado civil e habilitações literárias) e das variáveis profissionais (local de trabalho, qualificação/função e antiguidade). Ao nível das estratégias de coping utilizadas por estes profissionais, concluiu-se que as mais frequentes são coping ativo, o planeamento e a reinterpretação positiva. A s estratégias de coping utilizadas com menos frequência perante situações de stresse percebido no trabalho são o uso de substâncias (medicamentos/álcool), o desinvestimento comportamental, a negação e a religião. Assim, conclui-se que embora não tenha sido possível dar resposta à principal questão de investigação, pois não se verificaram diferenças estatisticamente significativas nos índices de stresse percecionados, a maioria dos CTA apresenta índices muitos satisfatórios de perceção de stresse e implementa estratégias de coping positivas que a Gestão deve promover e incentivar, não só por intermédio do programa CISM, como também com novos programas e intervenções destinadas a melhorar os mecanismos de coping dos CTA, presentes e futuros.
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Numa primeira parte teórica apresentam-se os principais conceitos de forma a delimitar as principais perspetivas e o “estado da arte” atual no que concerne ao stresse e às estratégias de coping. È igualmente feita uma caracterização exaustiva da função e dos profissionais em causa, que constituíram a amostra deste estudo. A análise teve por base uma amostra de 168 controladores de tráfego aéreo, os quais responderam a um questionário que permitiu concluir que a generalidade dos CTA apresenta índices médios de perceção de stresse no seu dia-a-dia, não existindo índices extremos de perceção de stresse nulo ou stresse elevado. Conclui-se ainda que não existem diferenças significativas nos índices de stresse percecionado em função das variáveis individuais e pessoais (de género, grupo etário, estado civil e habilitações literárias) e das variáveis profissionais (local de trabalho, qualificação/função e antiguidade). Ao nível das estratégias de coping utilizadas por estes profissionais, concluiu-se que as mais frequentes são coping ativo, o planeamento e a reinterpretação positiva. A s estratégias de coping utilizadas com menos frequência perante situações de stresse percebido no trabalho são o uso de substâncias (medicamentos/álcool), o desinvestimento comportamental, a negação e a religião. Assim, conclui-se que embora não tenha sido possível dar resposta à principal questão de investigação, pois não se verificaram diferenças estatisticamente significativas nos índices de stresse percecionados, a maioria dos CTA apresenta índices muitos satisfatórios de perceção de stresse e implementa estratégias de coping positivas que a Gestão deve promover e incentivar, não só por intermédio do programa CISM, como também com novos programas e intervenções destinadas a melhorar os mecanismos de coping dos CTA, presentes e futuros.This study aims at assessing the perception of stress and the analysis of coping strategies in the role of Air Traffic Controller, in order to understand whether we are dealing with individuals who perceive high levels of stress in their function and, among those who did not, understand which coping strategies they use, and can infer best practices in terms of coping strategies of these individuals. The ultimate goal is to recognize appropriate coping strategies that promote the health of the individual and not the disease, recognizing stress as something positive, inherent to the function without constituting a lifelong problem. In the first theoretical part presen ts the key concepts in order to define the main perspectives and "state of the art" regarding the current stress and coping strategies. It also made an exhaustive characterization of the function and the professionals concerned, which constituted the study sample. The analysis was based on a sample of 168 air traffic controllers, who answered a questionnaire which showed that the majority of CTA presents average rates of perception of stress in your day -to-day, with no extreme rates of perception of stress (high or nil). We can also conclude that there are no significant differences in levels of perceived stress as a function of individual and personal variables (gender, age group, marital status and educational qualifications) and occupational variables (workplace, qualification / function and seniority). In terms of coping strategies used by these professionals, it was concluded that the most frequent active coping, planning and positive reinterpretation. The coping strategies used less often in situations of perceived stress at work are the use of substances (drugs / alcohol), the divestment behavior, denial and religion. Thus, it is concluded that although it was not possible to answer the main research question, because there were no major differences in indices of stress perceived, most CTA indexes presents many satisfactory perception of stress and implements positive coping strategies that Management should promote and encourage, not only through the CISM program, as well as new programs and interventions designed to improve the coping mechanisms of CTA, present and future.2014-05-16T17:29:52Z2012-01-01T00:00:00Z20122012-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/7235porIgreja, Cristina Maria Quirinoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:56:29Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/7235Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:28:58.336049Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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