Utilização de microalgas para mitigação de CO2 industrial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/5851 |
Resumo: | O trabalho apresentado representa um estudo da capacidade de utilização de microalgas para a remoção de dióxido de carbono efluente de unidades industriais. Nesta pesquisa foram utilizadas estirpes de microalgas Chlorella sp e Chlorella minutíssima. A escolha das microalgas teve em conta, não só a sua elevada resistência a condições adversas de temperatura, pH e concentração de CO2, mas também o seu elevado teor em óleo, próximo dos 40% para a Chlorella sp e 57% para a Chlorella minutíssima, que permitirá a reutilização da massa de microalgas produzida, quer para queima direta na unidade industrial quer para extração do óleo e produção de biodiesel. As microalgas foram cultivadas em fotobiorreator de coluna de bolhas, em meio sintético M7, a temperatura constante de 30ºC, com alimentação de CO2 puro com um caudal médio de 2,8 L/hora. A agitação foi promovida com injeção de ar de 5 em 5 horas durante 15 minutos. Nas condições utilizadas verificou-se que a Chlorella sp apresenta melhores resultados do que a Chlorella minutíssima, conseguindo-se um tempo de cultura de 11 e 23 dias respetivamente. Observou-se para a Chlorella sp uma velocidade máxima específica de crescimento de 0,15 dia-1 a que corresponde um tempo de duplicação de 4,6 dia. A concentração máxima atingida foi de 343 mg/L e a produtividade máxima de 0,031 g/(L.dia). A remoção de carbono foi de 0,8g para 1,4L de meio, o que corresponde à remoção de 570Kg de CO2 com produção de 310 kg de biomassa algal por cada 1000 m3 de meio em 11 dias de cultivo. Se considerarmos 25 ciclos anuais, obtém-se 7750 kg de biomassa produzida, dos quais cerca de 3000 kg são óleo e fixando 14250 kg de CO2. Os valores para a Chlorella minutíssima foram mais baixos. |
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