Monitorização da efetividade e da segurança da terapêutica farmacológica do VIH/SIDA baseada na evidência farmacogenómica: revisão sistemática da literatura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/18159 |
Resumo: | Introdução: A recente história do VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) afeta todo o mundo e representa uma das principais preocupações de saúde pública da OMS (Organização Mundial de Saúde). Apesar de complexo, o mecanismo de infeção é, atualmente, melhor conhecido, tendo-se conseguido desenvolver fármacos, com distintos locais de atuação no ciclo replicativo do vírus. Desta forma, o tratamento da infeção, ainda que não curativo, conta com múltiplas alternativas, visando regredir a progressão do vírus pelo organismo. Este tratamento leva, regularmente, à ocorrência de efeitos adversos ou falta de efetividade, culminando na não adesão à terapêutica, por parte dos doentes, ou até mesmo em toxicidade, antes de se alcançar a supressão virológica. Para isso, é fundamental garantir a efetividade e a segurança da terapêutica antirretroviral, individualmente, podendo isso ser efetuado a partir da identificação de biomarcadores farmacogenómicos que permitam prever a resposta ao fármaco, prevenindo tanto a ocorrência dos efeitos indesejados como a falta de efetividade. Método: O projeto dividiu-se em duas parte: i) atualização da base de dados com os biomarcadores farmacogenómicos identificados nos RCM (Resumo das Caraterísiticas do Medicamento) de antirretrovirais com AIM (Autorização de Introdução no Mercado) em Portugal; e ii) a elaboração de uma RSL (Revisão Sistemática da Literatura), com base nos dados obtidos da primeira fase, onde se objetivava identificar estudos que identificassem e descrevessem os biomarcadores encontrados nos RCM e outros potencialmente relevantes. Resultados: A maioria dos fármacos com AIM em Portugal continha, no seu RCM, informação farmacogenómica. O biomarcador mais vezes identificado, em RCM, foi o CYP3A (não especificado), contrariamente ao observado na literatura, onde se identificou o CYP2B6 como o biomarcador mais prevalente. A RSL revelou, ainda, a existência de outros biomarcadores relevantes, especialmente no caso do tenofovir. Conclusão: A maior parte das variantes necessita, ainda, de alguma investigação clínica, sendo que apenas um pequeno número é considerada aquando da prescrição destes fármacos. Além disso, a genotipagem não é uma prática comum, sendo necessário maiores incentivos e investimentos nesta área. |
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