Jules Verne - O Espaço Africano nas Aventuras da Travessia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jorge, Carlos Jorge Figueiredo
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/4575
Resumo: Na longa produção de Verne, a “África negra”, ao sul do Sara é muitas vezes o palco da acção. Embora existindo como referente minuciosamente descrito – as partes que são importantes para a construção da diegese, entenda-se – tal continente não era conhecido de Verne a não ser através dos manuais, compêndios, tratados de geografia e ciências naturais e relatos de viajantes que eram acessíveis aos estudiosos da época. É curioso verificar que, desse continente desconhecido para Verne, e mesmo mal conhecido pelos seus contemporâneos que apenas o abordavam parcialmente, surjam imagens de imensa justeza. Tal justeza, no entanto, deve ser entendida em três dimensões pelos menos: uma acurada descrição da dimensão física, uma imensa preocupação pela compreensão - eivada de curiosidade e apelo do exótico - pela dimensão etnográfica (e mesmo antropológica) e um esforço de equacionar esses conhecimentos na dimensão do ideológico. O que emerge desse esforço é um “primeiro olhar colonial pleno”, em que o estatuto das personagens portuguesas aparecem francamente oscilando entre o “nós e o outro”, e os “indígenas” como entes entre o fabuloso e o digno de piedade.
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