Jules Verne - O Espaço Africano nas Aventuras da Travessia
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/4575 |
Resumo: | Na longa produção de Verne, a “África negra”, ao sul do Sara é muitas vezes o palco da acção. Embora existindo como referente minuciosamente descrito – as partes que são importantes para a construção da diegese, entenda-se – tal continente não era conhecido de Verne a não ser através dos manuais, compêndios, tratados de geografia e ciências naturais e relatos de viajantes que eram acessíveis aos estudiosos da época. É curioso verificar que, desse continente desconhecido para Verne, e mesmo mal conhecido pelos seus contemporâneos que apenas o abordavam parcialmente, surjam imagens de imensa justeza. Tal justeza, no entanto, deve ser entendida em três dimensões pelos menos: uma acurada descrição da dimensão física, uma imensa preocupação pela compreensão - eivada de curiosidade e apelo do exótico - pela dimensão etnográfica (e mesmo antropológica) e um esforço de equacionar esses conhecimentos na dimensão do ideológico. O que emerge desse esforço é um “primeiro olhar colonial pleno”, em que o estatuto das personagens portuguesas aparecem francamente oscilando entre o “nós e o outro”, e os “indígenas” como entes entre o fabuloso e o digno de piedade. |
id |
RCAP_3549cb5fb7ab7bbc91da38632f89483f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:dspace.uevora.pt:10174/4575 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Jules Verne - O Espaço Africano nas Aventuras da TravessiaLiteratura de viagensPoéticaSemióticaSistema DescritivoImagemRetóricaNa longa produção de Verne, a “África negra”, ao sul do Sara é muitas vezes o palco da acção. Embora existindo como referente minuciosamente descrito – as partes que são importantes para a construção da diegese, entenda-se – tal continente não era conhecido de Verne a não ser através dos manuais, compêndios, tratados de geografia e ciências naturais e relatos de viajantes que eram acessíveis aos estudiosos da época. É curioso verificar que, desse continente desconhecido para Verne, e mesmo mal conhecido pelos seus contemporâneos que apenas o abordavam parcialmente, surjam imagens de imensa justeza. Tal justeza, no entanto, deve ser entendida em três dimensões pelos menos: uma acurada descrição da dimensão física, uma imensa preocupação pela compreensão - eivada de curiosidade e apelo do exótico - pela dimensão etnográfica (e mesmo antropológica) e um esforço de equacionar esses conhecimentos na dimensão do ideológico. O que emerge desse esforço é um “primeiro olhar colonial pleno”, em que o estatuto das personagens portuguesas aparecem francamente oscilando entre o “nós e o outro”, e os “indígenas” como entes entre o fabuloso e o digno de piedade.Cosmos2012-01-30T16:47:42Z2012-01-302000-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookhttp://hdl.handle.net/10174/4575http://hdl.handle.net/10174/4575porJorge, Carlos Jorge Figueiredo. Jules Verne - O Espaço Africano nas Aventuras da Travessia, ed. 1ª, 1 vol.. ISBN: 972-762-124-4. Lisboa: Cosmos, 2000.972-762-124-4naosimcjfj@uevora.ptJorge, Carlos Jorge Figueiredoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T18:42:14Zoai:dspace.uevora.pt:10174/4575Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:59:35.692886Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Jules Verne - O Espaço Africano nas Aventuras da Travessia |
title |
Jules Verne - O Espaço Africano nas Aventuras da Travessia |
spellingShingle |
Jules Verne - O Espaço Africano nas Aventuras da Travessia Jorge, Carlos Jorge Figueiredo Literatura de viagens Poética Semiótica Sistema Descritivo Imagem Retórica |
title_short |
Jules Verne - O Espaço Africano nas Aventuras da Travessia |
title_full |
Jules Verne - O Espaço Africano nas Aventuras da Travessia |
title_fullStr |
Jules Verne - O Espaço Africano nas Aventuras da Travessia |
title_full_unstemmed |
Jules Verne - O Espaço Africano nas Aventuras da Travessia |
title_sort |
Jules Verne - O Espaço Africano nas Aventuras da Travessia |
author |
Jorge, Carlos Jorge Figueiredo |
author_facet |
Jorge, Carlos Jorge Figueiredo |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Jorge, Carlos Jorge Figueiredo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Literatura de viagens Poética Semiótica Sistema Descritivo Imagem Retórica |
topic |
Literatura de viagens Poética Semiótica Sistema Descritivo Imagem Retórica |
description |
Na longa produção de Verne, a “África negra”, ao sul do Sara é muitas vezes o palco da acção. Embora existindo como referente minuciosamente descrito – as partes que são importantes para a construção da diegese, entenda-se – tal continente não era conhecido de Verne a não ser através dos manuais, compêndios, tratados de geografia e ciências naturais e relatos de viajantes que eram acessíveis aos estudiosos da época. É curioso verificar que, desse continente desconhecido para Verne, e mesmo mal conhecido pelos seus contemporâneos que apenas o abordavam parcialmente, surjam imagens de imensa justeza. Tal justeza, no entanto, deve ser entendida em três dimensões pelos menos: uma acurada descrição da dimensão física, uma imensa preocupação pela compreensão - eivada de curiosidade e apelo do exótico - pela dimensão etnográfica (e mesmo antropológica) e um esforço de equacionar esses conhecimentos na dimensão do ideológico. O que emerge desse esforço é um “primeiro olhar colonial pleno”, em que o estatuto das personagens portuguesas aparecem francamente oscilando entre o “nós e o outro”, e os “indígenas” como entes entre o fabuloso e o digno de piedade. |
publishDate |
2000 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2000-01-01T00:00:00Z 2012-01-30T16:47:42Z 2012-01-30 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/book |
format |
book |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10174/4575 http://hdl.handle.net/10174/4575 |
url |
http://hdl.handle.net/10174/4575 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Jorge, Carlos Jorge Figueiredo. Jules Verne - O Espaço Africano nas Aventuras da Travessia, ed. 1ª, 1 vol.. ISBN: 972-762-124-4. Lisboa: Cosmos, 2000. 972-762-124-4 nao sim cjfj@uevora.pt |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Cosmos |
publisher.none.fl_str_mv |
Cosmos |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136478395105280 |