Transmissão Mãe-Filho da Infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana do tipo 1

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes,Alexandre
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Amaral,Brígida, Carinhas,Maria João, Vasconcelos,Olga, Horta,Ana, Alexandrino,Ana Margarida, Marques,Laura
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542014000300003
Resumo: Introdução: A infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana do tipo 1 (VIH1) na criança ocorre quase exclusivamente por transmissão mãe-filho (TMF). Sem profilaxia ocorrem taxas de transmissão de 15-25%, diminuindo para <2% quando são adotadas medidas adequadas. Objetivo: Avaliar a TMF da infeção VIH numa maternidade. Material e Métodos: Estudo retrospetivo, com consulta do processo clínico, de crianças de mães com infeção VIH1, nascidas na Maternidade Júlio Dinis de Janeiro de 2006 a Dezembro de 2011. Definida não infeção se 2 testes virológicos negativos (um após os 4 meses) e ausência de clínica. Análise estatística - programa Epi-Info® v.3.5.1 (Teste Fisher, p <0,05). Resultados: Nasceram 77 crianças com risco de transmissão VIH1, 45 do sexo masculino (58.4%) e 15 (19.5%) prematuros. Diagnóstico de infeção materna ocorreu na gestação em 24 (31.6%) e no parto numa (1.3%). Sete (9.2%) não efetuaram terapêutica anti retrovírica (TARV) na gravidez e 9 (12.3%) apresentavam carga vírica &gt;1.000 cópias no parto. Nasceram por parto eutócico 4 (5.2%) e 10 (13%) tiveram rotura membranas (RM) ≥4h. Nenhum efetuou leite materno e todos fizeram profilaxia no período neonatal; 17 (22.1%) efetuaram profilaxia com 3 fármacos, associado a ausência de TARV na gravidez e parto, carga vírica materna &gt;1.000 cópias, RM≥4h, RM espontânea e prematuridade. Um recém-nascido (1.3%) faleceu. Nenhuma criança foi infetada. Cerca de um terço (35.5%) apresentou alterações hematológicas e 23 (30.3%) na função hepática, ambas reversíveis. Conclusão: Na população estudada não ocorreu TMF da infeção VIH1, apesar de apresentar fatores que aumentam o risco de transmissão numa elevada percentagem de casos.
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