Eu vou mas volto, diferente! - (Re)visualização e legitimação da cabo-verdianidade numa viagem a Cabo Verde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Miguel, Ana Flávia
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/35108
Resumo: A implantação do regime democrático em Portugal, a seguir ao 25 de Abril de 1974, define também um período durante o qual diversas organizações e associações de carácter humanitário, em especial de perfil não governamental, vieram a desempenhar um papel fundamental na luta por direitos de cidadania e de igualdade de determinadas comunidades e grupos sociais minoritários. Questões de raça, etnia, migração, género e identidade, inicialmente vistas como desigualdades de segundo plano, foram, ao longo de 35 anos, ganhando visibilidade e subindo numa hierarquia política que sempre teve como prioridade a diluição das desigualdades sócio-económicas. A actividade da Associação Cultural Moinho da Juventude, sedeada no Bairro do Alto da Cova da Moura e fundada a 9 de Junho de 1987 é um exemplo deste processo longo e transformador. Actualmente, mostrar a diferença no Bairro do Alto da Cova da Moura (Kova M) é, também, uma forma de expor o orgulho de ser cabo-verdiano. E esta atitude é, em grande medida, resultado da acção daquela associação e dos seus mentores. A música, pela sua natureza performativa, é particularmente propícia à exposição da diferença. Assim, esta comunicação procura mostrar, através de uma investigação desenvolvida no Kova M sobre a prática performativa Kola San Jon, como os comportamentos em torno da música constituem, efectivamente, o paradigma de um processo de legitimação da diferença. A natureza polissémica desta performance, que incorpora a música, a dança, a voz e os artefactos mostra o poder deste processo musical e ritual. Viagem a Cabo Verde é o nome de uma apresentação multimédia, construída como memória de um itinerário que a investigadora acompanhou desde a Amadora até Cabo Verde. Neste trajecto, realizado em 2008, a (re)visualização dos lugares, construiu validações e a certeza de que Eu vou mas volto, diferente!
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