Defesa alimentar e fraude alimentar no âmbito dos sistemas de gestão da segurança alimentar : linhas de orientação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Diana Filipa Vassalo de Oliveira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/31490
Resumo: A preocupação das organizações com questões relacionadas com a contaminação intencional e fraude alimentar tem aumentado, nos últimos anos, devido aos vários incidentes registados. A nova abordagem aos Sistemas de Gestão da Segurança Alimentar (SGSA), proposta pela Global Food Safety Initiative (GFSI) em 2014, sugere que sejam adotadas medidas de prevenção, não só do ponto de vista da contaminação acidental, mas também da perspetiva da contaminação intencional, sendo crucial, para as organizações, o desenvolvimento e implementação de planos de defesa alimentar e de prevenção da fraude. Assim, à semelhança do que acontece nos sistemas de segurança alimentar, onde o Hazard Analysis and Critical Control Points (HACCP) é a ferramenta utilizada para prevenir contaminações acidentais, temos o Vulnerability Assessment and Critical Control Points (VACCP) que aplica os princípios da metodologia HACCP para a proteção dos géneros alimentícios contra a fraude alimentar, através da avaliação de vulnerabilidades, enquanto o Threat Assessment and Critical Control Points (TACCP) aplica os mesmos princípios da metodologia HACCP contra a contaminação maliciosa, através da avaliação de ameaças. A identificação de CCPs, nestas duas metodologias, pode ser, por vezes, confusa pois aqui os alvos tendem a não ser estáticos, ao contrário do que acontece com a segurança alimentar. No caso do VACCP um CCP é considerado um ponto específico, na cadeia de fornecimento, onde a empresa se encontra vulnerável, enquanto no TACCP, um CCP é considerado um ponto crítico, na organização, onde pode existir uma potencial ameaça. Deverão existir, nas organizações, planos distintos de defesa alimentar e de fraude alimentar. A motivação numa situação de contaminação maliciosa não é a mesma que existe num ato de fraude. A constituição de equipas com as competências necessárias e formação adequada constitui requisito essencial ao desenvolvimento de planos eficazes. Para isso, contribuem algumas ferramentas de apoio e formações disponíveis online, nas páginas oficiais de entidades como o Food and Drug Administration (FDA), entre outras. Apesar de, na União Europeia, e contrariamente ao que acontece nos Estados Unidos da América com a defesa alimentar, as empresas não serem legalmente obrigadas a contemplarem, nos seus SGSA, medidas para a prevenção da fraude e adulteração maliciosa de alimentos, esta obrigatoriedade chega por via de alguns referenciais de certificação. Desta forma, empresas certificadas pelos referenciais BRC Food, IFS Food ou FSSC 22000 têm que cumprir com os respetivos requisitos de defesa e fraude alimentar, contemplados nestes esquemas de certificação privados, reconhecidos pela GFSI.
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Assim, à semelhança do que acontece nos sistemas de segurança alimentar, onde o Hazard Analysis and Critical Control Points (HACCP) é a ferramenta utilizada para prevenir contaminações acidentais, temos o Vulnerability Assessment and Critical Control Points (VACCP) que aplica os princípios da metodologia HACCP para a proteção dos géneros alimentícios contra a fraude alimentar, através da avaliação de vulnerabilidades, enquanto o Threat Assessment and Critical Control Points (TACCP) aplica os mesmos princípios da metodologia HACCP contra a contaminação maliciosa, através da avaliação de ameaças. A identificação de CCPs, nestas duas metodologias, pode ser, por vezes, confusa pois aqui os alvos tendem a não ser estáticos, ao contrário do que acontece com a segurança alimentar. No caso do VACCP um CCP é considerado um ponto específico, na cadeia de fornecimento, onde a empresa se encontra vulnerável, enquanto no TACCP, um CCP é considerado um ponto crítico, na organização, onde pode existir uma potencial ameaça. Deverão existir, nas organizações, planos distintos de defesa alimentar e de fraude alimentar. A motivação numa situação de contaminação maliciosa não é a mesma que existe num ato de fraude. A constituição de equipas com as competências necessárias e formação adequada constitui requisito essencial ao desenvolvimento de planos eficazes. Para isso, contribuem algumas ferramentas de apoio e formações disponíveis online, nas páginas oficiais de entidades como o Food and Drug Administration (FDA), entre outras. Apesar de, na União Europeia, e contrariamente ao que acontece nos Estados Unidos da América com a defesa alimentar, as empresas não serem legalmente obrigadas a contemplarem, nos seus SGSA, medidas para a prevenção da fraude e adulteração maliciosa de alimentos, esta obrigatoriedade chega por via de alguns referenciais de certificação. Desta forma, empresas certificadas pelos referenciais BRC Food, IFS Food ou FSSC 22000 têm que cumprir com os respetivos requisitos de defesa e fraude alimentar, contemplados nestes esquemas de certificação privados, reconhecidos pela GFSI.The concern of organizations with issues related to intentional contamination and food fraud has increased in recent years due to various incidents. The new Food Safety Management System approach proposed by Global Food Safety Initiative (GFSI) in 2014 suggests that preventive measures should be taken not only from the point of view of accidental contamination, but also from the perspective of intentional contamination being crucial for organizations the development and implementation of plans for food defense and fraud prevention. Thus, in food safety systems where Hazard Analysis and Critical Control Points (HACCP) is the tool used to prevent accidental contamination, we have Vulnerability Assessment and Critical Control Points (VACCP) which applies the principles of the HACCP methodology for the protection of food against food fraud, through the assessment of vulnerabilities, while Threat Assessment and Critical Control Points (TACCP) applies the same principles of the HACCP methodology against intentional and malicious contamination by assessing threats. The identification of CCPs in these two methodologies can sometimes be confusing because targets tend not to be static, contrary to what happens with food safety. In the case of VACCP, a CCP is considered a specific point in the supply chain where the company is vulnerable, while in the TACCP a CCP is considered a critical point in the company, where there may exist a potential threat. There should be separate food defense and food fraud plans in organizations. The motivation in a situation of malicious contamination is not the same as that in an act of fraud. A well-developed team with the necessary skills and adequate training is an essential prerequisite for the development of effective plans. To this end, some support tools and online training are available on the official websites of organizations such as the Food and Drug Administration (FDA), among others. Contrary to what happens in the United States of America with food defense, in the European Union companies are not legally obliged to contemplate in their Food Safety Management Systems measures for the prevention of fraud and malicious adulteration of food. However, this obligation comes through some certifiable standards. Therefore, companies certified by BRC Food, IFS Food or FSSC 22000 have to comply with their food defense and food fraud requirements, which are included in these private certification schemes, recognized by GFSI.Moreira, Raquel Maria da Silva Luis MoreiraTeixeira, Paula Cristina MaiaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaCarvalho, Diana Filipa Vassalo de Oliveira2020-12-16T09:06:24Z2020-01-2320192020-01-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/31490TID:202463460porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:36:54Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/31490Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:25:17.260493Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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