Recém-nascido de mãe toxicodependente
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2008.4574 |
Resumo: | Introdução: A toxicodependência é uma condição grave, tornando-se mais preocupante quando se associa uma gestação. O ambiente sócio-familiar desfavorável leva habitualmente a gestações de risco. Os recém-nascidos podem desenvolver síndrome de abstinência, sendo importante a sua identificação, tratamento, e posterior seguimento destas crianças. Objectivos: Conhecer a prevalência de recém-nascidos de mãe toxicodependente num concelho da Área Metropolitana do Porto, e avaliar: morbilidade, terapêutica usada e crescimento e desenvolvimento destas crianças. Material e métodos: Revisão casuística dos 37 casos de recém-nascidos de mãe toxicodependente, internados desde 1 de Abril de 2000 a 31 de Março de 2006. Definimos mãe toxicodependente a que consumiu, de um modo reiterado, opiáceos e/ou cocaína durante a gravidez. Resultados: A prevalência encontrada foi de 2,7‰ nados-vivos, com média de 6 casos/ano. Apenas 43% das gestações foram vigiadas. Vinte e um RN (56%) apresentavam baixo peso. Cerca de 71% desenvolveram síndrome de abstinência. Em 70% dos casos foi usado fenobarbital, e nos restantes, solução de morfina (0,4 mg/ml). Até à data, com um tempo médio de acompanhamento de 3 anos, a maioria parece apresentar um crescimento e desenvolvimento adequados. Conclusões: O consumo de drogas variou ao longo dos anos. Avigilância da gravidez permaneceu insuficiente durante este período. Os RN habitualmente nascem com baixo peso e desenvolvem síndrome de abstinência. O fenobarbital e a morfina controlam a síndrome. Apesar da toxicodependência materna, as crianças parecem apresentar crescimento e desenvolvimento normais. Assim, os clínicos deverão investir no acompanhamento das grávidas toxicodependentes e nos seus filhos. |
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