Liderança autêntica, empowerment estrutural e civilidade nos profissionais de saúde em cuidados paliativos e continuados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mouta, Inês Nazaré Terras
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/4328
Resumo: Durante as últimas décadas o setor da saúde e o das organizações têm sido estimulados por novos desafios sociais e económico-financeiros. A Liderança autêntica é uma das principais teorias de liderança surgidas na última década. Ela propõe-se a construir organizações mais autênticas, com líderes mais autoconscientes e relações mais transparentes e éticas (Esper & Cunha, 2015). Esta é definida como um padrão de comportamento do líder que apoia e promove capacidades psicológicas positivas e um clima ético positivo, para promover uma maior autoconsciência, uma perspetiva moral internalizada, processamento equilibrado de informação e transparência relacional no ambiente de trabalho (Walumbwa et al.,2008). Esta variável é exposta como um pilar para gerar confiança, ajudar as pessoas a fortalecer as suas forças e a serem mais positivas, a abrir o seu pensamento, a acrescentar valor e sentido sobre aquilo que está certo nas decisões, e a apurar a performance global da organização ao longo do tempo (Avolio B. J., Gardner, Walumbwa, Luthans, & May, 2004). O Empowerment estrutural tem sido associada aos comportamentos da liderança que são semelhantes aos comportamentos exibidos por líderes autênticos como proposto em Avolio et al. (2004). O empowerment estrutural representa um ambiente de trabalho com acesso a estruturas importantes, tais como: recursos, apoio, informação e oportunidades, que permitem um bom desempenho e o desenvolvimento do próprio trabalhador (Laschinger et al., 2001). As boas relações de trabalho não são somente relações em que não somos menosprezados, são relações em que nos sentimos valorizados e aceites, em que existe colaboração e respeito, e que fornecem estratégias de resolução de conflitos que possam surgir, ou seja, relações de civilidade (Ribeiro, 2018). A civilidade, como conceito geral, refere-se a um conjunto de princípios de conduta pública, ligada a “boas maneiras”. É um conceito perto dos de “educado” ou “cortês”, requerendo uma autoconsciência e automoderação na continuação de normas refletidas apropriadas, com a finalidade de simplificar a coordenação do tecido social incrementalmente intrincado (Bybee, 2016). Relativamente aos cuidados paliativos e continuados são uma área que se encontra em grande desenvolvimento em Portugal e com esta investigação pretendemos contribuir para esse desenvolvimento no âmbito do profissional de saúde para que futuramente, caso seja necessário, sejam implementadas as mudanças para um melhor funcionamento da unidade de saúde. A presente investigação tem como principal objetivo verificar se há influências positivas entre as três variáveis em estudo, tanto nos profissionais de saúde dos Cuidados Paliativos como dos Continuados. Para tal, aplicámos os instrumentos ECT (Nitzsche, 2015), a CWEQ-II (Laschinger et al., 2011) na versão portuguesa de Orgambidéz-Ramos et al. (2015) e ALI (Neider & Schriesheim, 2011) validado e traduzido para português por Rego, Sousa, Marques e Cunha (2012), a uma amostra de 213 participantes, profissionais de vários hospitais público-privados e instituições, de Norte a Sul de Portugal. Os resultados obtidos enquadram-se nas hipóteses apresentadas, ou seja, a liderança autêntica está positivamente associada ao empowerment estrutural, está também positivamente associada à civilidade e, por último, o empowerment estrutural medeia positivamente a relação entre a Liderança Autêntica e a civilidade.
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