A obrigação de prestação de serviços mínimos como limite do direito de greve

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Catarina Isabel Teixeira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/92743
Resumo: Dissertação de Mestrado em Direito apresentada à Faculdade de Direito
id RCAP_3e8e2e0cac5ca594dda29f00c0589f29
oai_identifier_str oai:estudogeral.uc.pt:10316/92743
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A obrigação de prestação de serviços mínimos como limite do direito de greveTHE OBLIGATION TO PROVIDE MINIMUM SERVICES AS A LIMIT TO THE RIGHT TO STIKEGreveServiços mínimosNecessidades sociais impreteríveisRequisição civilStrikeMinimum servicesSocial needsCivil requisitionDissertação de Mestrado em Direito apresentada à Faculdade de DireitoO direito de greve é um direito fundamental dos trabalhadores. Até ser reconhecido como um verdadeiro direito, inicialmente enfrentou uma fase de proibição e posteriormente uma fase de tolerância. Embora não haja uma definição concreta, tem-se entendido que o fenómeno da greve se traduz na suspensão coletiva e concertada da prestação de trabalho por uma pluralidade de trabalhadores tendo em vista exercer pressão no sentido de uma finalidade ou objetivo comum.Apesar da Constituição da República Portuguesa reconhecer a greve como forma de reivindicação dos trabalhadores por melhores condições laborais, ela rejeita o exercício do lock-out por parte da entidade empregadora. Isto porque se a greve surge para colmatar a posição de inferioridade dos trabalhadores, não faria sentido permitir um instrumento que fosse destruir essa finalidade. Por ser um direito fundamental, a greve tem de coexistir com outros direitos constitucionalmente consagrados, havendo, por vezes, necessidade da sua restrição. Esta restrição deve ser feita sempre em observação dos princípios gerais da proporcionalidade, adequação e necessidade. Assim, a lei prevê dois tipos de situações onde nasce a obrigação de prestação de serviços mínimos: para satisfazer necessidades sociais impreteríveis e os serviços necessários para manutenção e segurança de instalações e equipamentos. Na primeira situação, os direitos dos cidadãos sobrepõem-se aos direitos dos trabalhadores. Está em causa a satisfação de necessidades que não podem ser adiadas em virtude de poderem surgir prejuízos irremediáveis. No segundo caso, está em causa proteger a segurança da empresa e evitar estragos nos equipamentos e nas instalações. Por fim, o não cumprimento destes serviços, para além da responsabilidade civil e disciplinar, podem fazer surgir o instituto da requisição civil.The right to strike is a fundamental right of workers. Until it was recognized as a true right, it initially faced a phase of prohibition and later a phase of tolerance. Although there is no concrete definition, it has been understood that the phenomenon of strike is the collective and concerted suspension of work by a plurality of workers in order to exert pressure towards a common purpose or objective.Although the Constitution of the Portuguese Republic recognizes the strike as a form of claiming for better working conditions by workers, it rejects the exercise of lock-out by the employer. This is because if strike arises to fill the workers' position of inferiority, it would make no sense to allow an instrument to destroy that purpose. Because it is a fundamental right, strike must coexist with other constitutionally established rights, and sometimes it must be restricted. This restriction must always be made in compliance with the general principles of proportionality, adequacy and necessity. Thus, the law provides for two types of situations where the obligation to provide minimum services is born: to satisfy pressing social needs and the services necessary for the maintenance and safety of facilities and equipment. In the first situation, the rights of citizens take precedence over the rights of workers. It is a question of satisfying needs that cannot be postponed because irreparable damage may arise. In the second case, it is a question of protecting the safety of the company and avoiding damage to equipment and installations. Finally, the non-fulfillment of these services, in addition to civil and disciplinary liability, may give rise to the institute of civil requisition.2020-12-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/92743http://hdl.handle.net/10316/92743TID:202585948porMonteiro, Catarina Isabel Teixeirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-03-15T14:23:27Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/92743Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:11:48.451294Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A obrigação de prestação de serviços mínimos como limite do direito de greve
THE OBLIGATION TO PROVIDE MINIMUM SERVICES AS A LIMIT TO THE RIGHT TO STIKE
title A obrigação de prestação de serviços mínimos como limite do direito de greve
spellingShingle A obrigação de prestação de serviços mínimos como limite do direito de greve
Monteiro, Catarina Isabel Teixeira
Greve
Serviços mínimos
Necessidades sociais impreteríveis
Requisição civil
Strike
Minimum services
Social needs
Civil requisition
title_short A obrigação de prestação de serviços mínimos como limite do direito de greve
title_full A obrigação de prestação de serviços mínimos como limite do direito de greve
title_fullStr A obrigação de prestação de serviços mínimos como limite do direito de greve
title_full_unstemmed A obrigação de prestação de serviços mínimos como limite do direito de greve
title_sort A obrigação de prestação de serviços mínimos como limite do direito de greve
author Monteiro, Catarina Isabel Teixeira
author_facet Monteiro, Catarina Isabel Teixeira
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Monteiro, Catarina Isabel Teixeira
dc.subject.por.fl_str_mv Greve
Serviços mínimos
Necessidades sociais impreteríveis
Requisição civil
Strike
Minimum services
Social needs
Civil requisition
topic Greve
Serviços mínimos
Necessidades sociais impreteríveis
Requisição civil
Strike
Minimum services
Social needs
Civil requisition
description Dissertação de Mestrado em Direito apresentada à Faculdade de Direito
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-12-10
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10316/92743
http://hdl.handle.net/10316/92743
TID:202585948
url http://hdl.handle.net/10316/92743
identifier_str_mv TID:202585948
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134014269816832