Estratégias de ensino de vibrato na formação em flauta transversal em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Mafalda Barradas
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/17694
Resumo: Na preparação e execução de uma dada obra musical, o vibrato constitui um dos aspetos importantes a ter em conta pelo flautista. Contudo, o ensino e aperfeiçoamento desta componente técnica encontra-se por vezes ausente da sua formação básica e secundária, criando-lhe dificuldades no domínio e posterior aplicação do vibrato como elemento expressivo. O objetivo principal deste projeto educativo foi o de explorar estratégias para o ensino do vibrato em Portugal. Começou-se por realizar entrevistas semi-estruturadas a oito professores de flauta transversal de Conservatórios Oficiais de Música, para assim compreender como é ensinado o vibrato em Portugal. A segunda parte deste trabalho, relativa à Prática de Ensino Supervisionada, expõe a matriz da disciplina de flauta transversal desenvolvida para a Escola de Artes da Bairrada, seus elementos de avaliação, planificação e relatórios das aulas dadas e assistidas. Por fim é realizada uma avaliação e são apresentadas as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo de 2015/2016. Como resultado das entrevistas realizadas, é possível aferir que há dois consensos: o de que o vibrato deve ser usado pontualmente e não constantemente; e o de que o ensino do vibrato depende da evolução do aluno e do desenvolvimento da sua sonoridade, e não do grau específico em que se encontra da sua formação. No entanto, não existe uma unanimidade entre os entrevistados das estratégias a usar para a produção do vibrato. Verificou-se que metade dos participantes aprendeu vibrato por imitação e que todos os participantes acabam por pensar em vibrato em contextos diferentes, embora a maioria não trabalhe o vibrato em exercícios isoladamente mas sim em contexto de exercícios expressivos. Em relação à pedagogia do vibrato, a maioria dos professores ensina o vibrato sem ritmo, inserindo-o num contexto expressivo. Em relação à produção do vibrato 50% dos participantes afirma que o vibrato é produzido pelo diafragma, enquanto que 25% afirma que é pela garganta e os restantes dizem que é pela junção dos dois. Os resultados foram comparados com os resultados de outro estudo semelhante realizado na Turquia e nos EUA.
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