A política e os media: o enviesamento da imprensa portuguesa em 2009 e 2015
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/14833 |
Resumo: | Com o objetivo de avaliar a existência de enviesamentos partidários na cobertura política dos jornais portugueses em termos de tom, volume e enfoque temático, e que eventuais fatores contextuais influenciam esse enviesamento, foi realizada uma análise de conteúdo de quatro jornais, PÚBLICO, Expresso, Jornal de Notícias (JN) e Correio da Manhã (CM), durante os anos eleitorais de 2009 e 2015. Os resultados apontam para que os partidos mainstream sejam favorecidos a nível de volume de cobertura, mas prejudicados em termos de tonalidade de artigos. Encontraram-se diferentes padrões de enviesamento, notando-se, em termos de tom, uma ligeira preferência do CM e Expresso por partidos de direita e uma menor antipatia do JN por partidos mais à esquerda, enquanto no PÚBLICO a dicotomia relevante é mainstream/franja (com os últimos a serem alvo de cobertura menos negativa). Verificou-se a importância do enfoque nas acções de campanha na cobertura jornalística, em detrimento de temas substantivos, principalmente no caso dos partidos mais pequenos. Em termos dos fatores contextuais, constatou-se uma tendência jornalística pelo partido incumbente que se apresentasse às eleições; observaram-se ainda diferentes tendências em períodos distintos do calendário eleitoral, sobressaindo comportamentos opostos ao nível da evolução de neutralidade consoante se tratem de partidos catch-all ou de franjas, além de se ter reconhecido um aumento da politização de 2009 para 2015, com a percentagem de peças neutras a diminuir para todos os partidos. Em suma, comprovou-se a existência de algumas inclinações partidárias na imprensa portuguesa, apesar de esta estar longe dos enviesamentos presentes noutros países com sistemas de media desenvolvidos. |
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A política e os media: o enviesamento da imprensa portuguesa em 2009 e 2015Ciência políticaEleições legislativas-2009Eleições legislativas-2015ImprensaEnviesamentoAnálise de conteúdoPortugalEnviesamento Político-Partidário da ImprensaTom das noticiasVolume de notíciasEleições Legislativas de 2009 e 2015Political bias of the pressPortugalContent analysisTone of coverageVolume of coverage2009 and 2015 Legislative ElectionsCom o objetivo de avaliar a existência de enviesamentos partidários na cobertura política dos jornais portugueses em termos de tom, volume e enfoque temático, e que eventuais fatores contextuais influenciam esse enviesamento, foi realizada uma análise de conteúdo de quatro jornais, PÚBLICO, Expresso, Jornal de Notícias (JN) e Correio da Manhã (CM), durante os anos eleitorais de 2009 e 2015. Os resultados apontam para que os partidos mainstream sejam favorecidos a nível de volume de cobertura, mas prejudicados em termos de tonalidade de artigos. Encontraram-se diferentes padrões de enviesamento, notando-se, em termos de tom, uma ligeira preferência do CM e Expresso por partidos de direita e uma menor antipatia do JN por partidos mais à esquerda, enquanto no PÚBLICO a dicotomia relevante é mainstream/franja (com os últimos a serem alvo de cobertura menos negativa). Verificou-se a importância do enfoque nas acções de campanha na cobertura jornalística, em detrimento de temas substantivos, principalmente no caso dos partidos mais pequenos. Em termos dos fatores contextuais, constatou-se uma tendência jornalística pelo partido incumbente que se apresentasse às eleições; observaram-se ainda diferentes tendências em períodos distintos do calendário eleitoral, sobressaindo comportamentos opostos ao nível da evolução de neutralidade consoante se tratem de partidos catch-all ou de franjas, além de se ter reconhecido um aumento da politização de 2009 para 2015, com a percentagem de peças neutras a diminuir para todos os partidos. Em suma, comprovou-se a existência de algumas inclinações partidárias na imprensa portuguesa, apesar de esta estar longe dos enviesamentos presentes noutros países com sistemas de media desenvolvidos.In order to evaluate the existence of party bias in the political coverage of the Portuguese press in terms of tone, volume and thematic focus, and what possible contextual factors have an impact on this bias, a content analysis of four newspapers, PÚBLICO, Expresso, Jornal de Notícias (JN) and Correio da Manhã (CM), during the electoral years of 2009 and 2015 was carried out. The results point out that the mainstream parties are favoured in terms of volume of coverage, but impaired in terms of the tone of articles. Different bias patterns where found, with CM and Expresso showing a slight preference for right-wing parties and JN being less critical of left-wing parties, while in PÚBLICO the relevant dichotomy was mainstream/fringe parties (with the latter having less negative coverage). The importance of press coverage focusing on “campaign actions” was verified, to the detriment of substantive issues, especially in the case of smaller parties. In terms of contextual factors, there was a tendency for news slant favouring the incumbent party; different trends were observed in different periods of the electoral calendar, with neutral news coverage increasing or decreasing whether parties were classified as catch-all or marginal. An increase in politicization from 2009 to 2015 was also observed, with the percentage of neutral stories decreasing for all parties. In sum, some partisan preferences in the Portuguese press were proved, although theses biases are far from the ones present in other countries with developed media systems.2018-01-03T14:58:00Z2017-01-01T00:00:00Z20172017-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/14833TID:201742632porGraça, Francisco Varandas Soaresinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:54:32Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/14833Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:27:33.088221Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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