O brincar como estratégia para o desenvolvimento da autonomia
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/41904 |
Resumo: | Contributos de diferentes áreas disciplinares têm vindo a questionar as imagens que construímos histórica e socialmente de criança e de infância, não sendo a educação de infância alheia a essa construção. A imagem da criança competente, reafirmada e fortalecida na sua dimensão social, desafia as pedagogias da infância a constituírem-se com a participação das próprias crianças. Este desafio questiona o conhecimento, as crenças dos profissionais e o modo destes se pensarem enquanto educadores de infância e, sobretudo, exige uma atitude investigativa que sustente uma prática inclusiva de crianças e infâncias diferentes. Este trabalho partiu da possibilidade do desenvolvimento de pedagogias participadas pelas crianças, inspirado no estágio pedagógico supervisionado, realizado numa sala de jardim-de-infância, Gafanha da Nazaré, e a partir do qual se desencadeou um projeto com cariz de investigação-ação. A realização do estudo baseou-se em dois grandes momentos, a fase de observação e a fase de intervenção, ambas, pautadas por momentos de análise e reflexão. Esta estrutura permitiu-nos elaborar um diagnóstico do grupo e, sobretudo, dos interesses e motivações de cada criança. A fase de conhecimento do grupo tornou-se fundamental para estabelecer prioridades e determinar a nossa ação. Detivemo-nos, essencialmente, na forma como as crianças brincavam, para investigarmos se as atividades propostas pelos adultos promoviam a autonomia das crianças. A análise dos dados demostrou que os indicadores de autonomia selecionados tiveram, no decurso das atividades, maior expressividade, tendo-se registado uma mudança de qualidade nas dinâmicas que as crianças passaram a estabelecer umas com as outras. Concluiu-se que propor estratégias que motivem a curiosidade das crianças e estimulem a sua participação, permite que estas se envolvam ativamente, sejam autónomas, bem como, aumenta os níveis de implicação e bem-estar. As contribuições deste trabalho levaram-nos a repensar a importância de estar atento à criança, de procurar compreender o significado das suas ações, para que a possamos valorizar enquanto co-autor e co-gestor do seu crescimento. |
id |
RCAP_3f47f060c96c11cdb9ebb8fed0220777 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ria.ua.pt:10773/41904 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
O brincar como estratégia para o desenvolvimento da autonomiaAutonomiaBrincarEducaçãoInfânciaDesenvolvimentoContributos de diferentes áreas disciplinares têm vindo a questionar as imagens que construímos histórica e socialmente de criança e de infância, não sendo a educação de infância alheia a essa construção. A imagem da criança competente, reafirmada e fortalecida na sua dimensão social, desafia as pedagogias da infância a constituírem-se com a participação das próprias crianças. Este desafio questiona o conhecimento, as crenças dos profissionais e o modo destes se pensarem enquanto educadores de infância e, sobretudo, exige uma atitude investigativa que sustente uma prática inclusiva de crianças e infâncias diferentes. Este trabalho partiu da possibilidade do desenvolvimento de pedagogias participadas pelas crianças, inspirado no estágio pedagógico supervisionado, realizado numa sala de jardim-de-infância, Gafanha da Nazaré, e a partir do qual se desencadeou um projeto com cariz de investigação-ação. A realização do estudo baseou-se em dois grandes momentos, a fase de observação e a fase de intervenção, ambas, pautadas por momentos de análise e reflexão. Esta estrutura permitiu-nos elaborar um diagnóstico do grupo e, sobretudo, dos interesses e motivações de cada criança. A fase de conhecimento do grupo tornou-se fundamental para estabelecer prioridades e determinar a nossa ação. Detivemo-nos, essencialmente, na forma como as crianças brincavam, para investigarmos se as atividades propostas pelos adultos promoviam a autonomia das crianças. A análise dos dados demostrou que os indicadores de autonomia selecionados tiveram, no decurso das atividades, maior expressividade, tendo-se registado uma mudança de qualidade nas dinâmicas que as crianças passaram a estabelecer umas com as outras. Concluiu-se que propor estratégias que motivem a curiosidade das crianças e estimulem a sua participação, permite que estas se envolvam ativamente, sejam autónomas, bem como, aumenta os níveis de implicação e bem-estar. As contribuições deste trabalho levaram-nos a repensar a importância de estar atento à criança, de procurar compreender o significado das suas ações, para que a possamos valorizar enquanto co-autor e co-gestor do seu crescimento.Contributions of different disciplinary areas have come to question the images we build historical and socially of child and childhood, not being childhood education alien to this construction. The image of the competent child, reaffirmed and strengthened in its social dimension, challenges the childhood pedagogies to form with the participation of children themselves. This challenge questions the knowledge, the professional’s beliefs, how to think while kindergarten teachers and, above all, requires an investigative attitude that supports an inclusive practice of children and different childhoods. This work came from the possibility of developing participatory pedagogies by the children, inspired on the supervised teaching practice, carried out in a kindergarten room, Gafanha da Nazaré, and from which the project sparked an action-oriented research. The proposed study was based on two great moments, the observation phase and intervention phase, both underpinned by moments of reflection and analysis. This structure allowed us to develop a diagnostic group and, above all, the interests and motivations of each child. The group stage of knowledge has become essential to establish priorities and determine our action. We focused essentially on the way the children were playing, to investigate whether the proposed activities by adults promoted their autonomy. Data analysis showed that the selected autonomy indicators had, in the course of the activities, more expressiveness, having been a quality change in the dynamics that children started to establish with each other. It was concluded that proposing strategies that encourage children's curiosity and stimulate their participation have allow them to be actively involved, they become autonomous and increase their levels of involvement and well-being.The contributions of this work led us to rethink the importance of being attentive to the child, seeking to understand the significance of their action so that we can valorize them as co-author and co-manager of its growth.2024-05-20T10:38:09Z2012-07-23T00:00:00Z2012-07-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/41904porVilar, Odília dos Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-05-27T01:46:45Zoai:ria.ua.pt:10773/41904Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-05-27T01:46:45Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
O brincar como estratégia para o desenvolvimento da autonomia |
title |
O brincar como estratégia para o desenvolvimento da autonomia |
spellingShingle |
O brincar como estratégia para o desenvolvimento da autonomia Vilar, Odília dos Santos Autonomia Brincar Educação Infância Desenvolvimento |
title_short |
O brincar como estratégia para o desenvolvimento da autonomia |
title_full |
O brincar como estratégia para o desenvolvimento da autonomia |
title_fullStr |
O brincar como estratégia para o desenvolvimento da autonomia |
title_full_unstemmed |
O brincar como estratégia para o desenvolvimento da autonomia |
title_sort |
O brincar como estratégia para o desenvolvimento da autonomia |
author |
Vilar, Odília dos Santos |
author_facet |
Vilar, Odília dos Santos |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vilar, Odília dos Santos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Autonomia Brincar Educação Infância Desenvolvimento |
topic |
Autonomia Brincar Educação Infância Desenvolvimento |
description |
Contributos de diferentes áreas disciplinares têm vindo a questionar as imagens que construímos histórica e socialmente de criança e de infância, não sendo a educação de infância alheia a essa construção. A imagem da criança competente, reafirmada e fortalecida na sua dimensão social, desafia as pedagogias da infância a constituírem-se com a participação das próprias crianças. Este desafio questiona o conhecimento, as crenças dos profissionais e o modo destes se pensarem enquanto educadores de infância e, sobretudo, exige uma atitude investigativa que sustente uma prática inclusiva de crianças e infâncias diferentes. Este trabalho partiu da possibilidade do desenvolvimento de pedagogias participadas pelas crianças, inspirado no estágio pedagógico supervisionado, realizado numa sala de jardim-de-infância, Gafanha da Nazaré, e a partir do qual se desencadeou um projeto com cariz de investigação-ação. A realização do estudo baseou-se em dois grandes momentos, a fase de observação e a fase de intervenção, ambas, pautadas por momentos de análise e reflexão. Esta estrutura permitiu-nos elaborar um diagnóstico do grupo e, sobretudo, dos interesses e motivações de cada criança. A fase de conhecimento do grupo tornou-se fundamental para estabelecer prioridades e determinar a nossa ação. Detivemo-nos, essencialmente, na forma como as crianças brincavam, para investigarmos se as atividades propostas pelos adultos promoviam a autonomia das crianças. A análise dos dados demostrou que os indicadores de autonomia selecionados tiveram, no decurso das atividades, maior expressividade, tendo-se registado uma mudança de qualidade nas dinâmicas que as crianças passaram a estabelecer umas com as outras. Concluiu-se que propor estratégias que motivem a curiosidade das crianças e estimulem a sua participação, permite que estas se envolvam ativamente, sejam autónomas, bem como, aumenta os níveis de implicação e bem-estar. As contribuições deste trabalho levaram-nos a repensar a importância de estar atento à criança, de procurar compreender o significado das suas ações, para que a possamos valorizar enquanto co-autor e co-gestor do seu crescimento. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-07-23T00:00:00Z 2012-07-23 2024-05-20T10:38:09Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10773/41904 |
url |
http://hdl.handle.net/10773/41904 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
mluisa.alvim@gmail.com |
_version_ |
1817546018189737984 |