O BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO E NA INFÂNCIA DE CRIANÇAS SURDAS

• Autor(a) principal: JARDIM, ANDREIA M
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• dARK ID: ark:/48912/001300001670c
• Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/60432
• topic: INFANCIA; SURDO; BRINCAR; DESENVOLVIMENTO; CULTURA

O brincar de uma criança, em principal, o brincar de faz de conta, pode revelar marcas importantes sobre suas relações sociais, culturais, apropriação da língua, e da constituição de si; está para além de um momento de distração ou de simples prazer para a criança. Compõe-se nesse brincar elementos que são essenciais para a infância; é seu espaço de significação através do imaginário. Considerando essa perspectiva, este estudo, buscou realizar um levantamento bibliográfico para evidenciar o que as produções que abordam esta temática compreendeem do brincar, e sua ligação com a criança e o meio social e, a partir desta análise, observar e tecer uma discussão sobre o brincar de crianças surdas em uma visita à brinquedoteca universitária, de uma universidade pública do estado de São Paulo. A fundamentação foi embasada no psicólogo Lev Vygotsky e os sociólogos Brougère e Corsaro, que trazem o brincar, a partir de dois campos das ciências humanas, como uma atividade em que há, para a criança, a construção de múltiplos significados, a exploração de suas percepções de mundo e de sua própria identidade, e faz parte de um amplo processo de desenvolvimento humano. Também, buscou-se discutir o desenvolvimento da criança surda, atribuindo centralidade às relações e interações sociais por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e suas especificidades da cultura surda. Consideramos, ao final da pesquisa, que são nas interações com o meio que a criança observa, participa e vivencia novos momentos, que a criança desenvolve suas funções superiores e constrói cultura. Destacamos também o brincar como um momento de apropriação cultural. Ressaltamos a necessidade de se favorecer o espaço e o momento do brincar na infância da criança surda que respeite, considere e valorize a cultura surda.