Estudo do impacto dos detritos nas cavidades de erosão junto de pilares de pontes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Ana Josefa Pinto
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8286
Resumo: As erosões localizadas que ocorrem junto às fundações de pontes, dos seus pilares e encontros, e as forças hidrodinâmicas induzidas pelas cheias, ou pela acumulação de detritos na sua face de montante, estão entre as principais causas de vulnerabilidade destas infraestruturas viárias. Se, por um lado, o conhecimento atual, no que concerne à caracterização do processo erosivo e da quantificação das cavidades de erosão, teve grandes avanços nas últimas décadas; por outro lado, o efeito da acumulação dos detritos junto dessas estruturas não acompanhou essa evolução. O presente trabalho de dissertação, de cariz essencialmente experimental, visa estudar o efeito das características geométricas dos detritos (forma e dimensões) acumulados a montante de pilares cilíndricos na profundidade máxima das cavidades de erosão. O trabalho experimental foi realizado no Laboratório de Hidráulica Fluvial e das Estruturas da Universidade da Beira Interior. Foram considerados detritos de forma triangular e retangular, flutuantes à superfície do escoamento ou depositados no leito, para condições de escoamento sem transporte sólido generalizado. Os resultados obtidos foram comparados com os compilados de outros autores e com as formulações existentes na literatura, nomeadamente, as de Melville e Dongol (1992), Lagasse et al. (2010a) e Rahimi et al. (2017). Essa análise permitiu concluir que as dimensões e a forma dos detritos têm um efeito claro no padrão das cavidades de erosão e na sua profundidade máxima; as caixas de detritos retangulares conduziram a valores mais elevados da profundidade máxima de erosão comparativamente aos detritos de forma triangular. Verificou-se que a diferença entre as profundidades máximas das cavidades de erosão obtidas experimentalmente e as avaliadas através das equações propostas por Lagasse et al. (2010a) não foi significativa.
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