Estilos Educativos Parentais, Hábitos de Estudo e Prática de Actividade Física em Estudantes Adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Ana Margarida Monteiro
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/2124
Resumo: Este estudo foi realizado com o propósito de determinar a relação entre sexo, idade e prática de actividade física ao nível dos estilos educativos parentais e das atitudes e comportamentos habituais de estudo. A amostra foi constituída por 272 alunos (101 rapazes e 171 raparigas) de uma escola da zona interior norte de Portugal, com idades compreendidas entre 13 e os 21 anos de idade (M=15.66, DP=1.71). Foram utilizados dois questionários para a avaliar as diferentes dimensões em estudo: o Questionário de Estilos Educativos Parentais (QEEP) e o Inventário de Atitudes e Comportamentos Habituais de Estudo (IACHE). No que diz respeito aos estilos educativos parentais, os resultados evidenciaram que os adolescentes percepcionam ambos os pais como mais responsivos e menos exigentes. Por outro lado, rapazes e raparigas percepcionam os estilos educativos parentais do mesmo modo, enquanto os adolescentes mais jovens (entre os 13 e 14 anos) percepcionam pai e mãe como mais responsivos e menos exigentes. O mesmo não acontece entre praticantes e não praticantes de actividade física fora do contexto escolar, uma vez que entre estes dois grupos não se verificaram diferenças nos estilos parentais percebidos. Quando olhamos ao sexo combinado com a prática de actividade física, constatou-se que os rapazes praticantes e as raparigas não praticantes percepcionam pai e mãe como mais exigentes do que responsivos. Os resultados relacionados com as atitudes e comportamentos habituais de estudo indicam que os adolescentes, no geral, recorrem mais a estratégias de memorização de conteúdos e que as raparigas, em particular, também dão maior ênfase à memorização, mostram-se mais motivadas e mais organizadas no estudo. Relativamente à idade e à prática de actividade física fora do contexto escolar, não foram encontradas diferenças entre os grupos ao nível das atitudes e comportamentos habituais de estudo. Quando combinámos sexo e prática de actividade física, verificámos que não existem diferenças entre rapazes e entre raparigas praticantes e não praticantes de actividade física fora do contexto escolar quanto a esta variável dependente. Posto isto, podemos concluir que, a nível dos estilos educativos parentais, ambos os pais tendem a adoptar um estilo mais responsivo e menos exigente, sendo notório um maior envolvimento parental com os adolescentes mais novos do que com os mais velhos. Por outro lado, os pais tendem a educar rapazes e raparigas dentro do mesmo estilo, sejam eles praticantes ou não de actividade física. No que diz respeito às atitudes e comportamentos habituais de estudo, de um modo geral, existe um maior recurso a técnicas de memorização da matéria, mais evidente por parte das raparigas. À medida que os adolescentes vão ficando mais velhos, os hábitos de estudo não se alteram, e, entre praticantes e não praticantes de actividades física, os comportamentos e atitudes de estudo são idênticos.
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Por outro lado, rapazes e raparigas percepcionam os estilos educativos parentais do mesmo modo, enquanto os adolescentes mais jovens (entre os 13 e 14 anos) percepcionam pai e mãe como mais responsivos e menos exigentes. O mesmo não acontece entre praticantes e não praticantes de actividade física fora do contexto escolar, uma vez que entre estes dois grupos não se verificaram diferenças nos estilos parentais percebidos. Quando olhamos ao sexo combinado com a prática de actividade física, constatou-se que os rapazes praticantes e as raparigas não praticantes percepcionam pai e mãe como mais exigentes do que responsivos. Os resultados relacionados com as atitudes e comportamentos habituais de estudo indicam que os adolescentes, no geral, recorrem mais a estratégias de memorização de conteúdos e que as raparigas, em particular, também dão maior ênfase à memorização, mostram-se mais motivadas e mais organizadas no estudo. Relativamente à idade e à prática de actividade física fora do contexto escolar, não foram encontradas diferenças entre os grupos ao nível das atitudes e comportamentos habituais de estudo. Quando combinámos sexo e prática de actividade física, verificámos que não existem diferenças entre rapazes e entre raparigas praticantes e não praticantes de actividade física fora do contexto escolar quanto a esta variável dependente. Posto isto, podemos concluir que, a nível dos estilos educativos parentais, ambos os pais tendem a adoptar um estilo mais responsivo e menos exigente, sendo notório um maior envolvimento parental com os adolescentes mais novos do que com os mais velhos. Por outro lado, os pais tendem a educar rapazes e raparigas dentro do mesmo estilo, sejam eles praticantes ou não de actividade física. No que diz respeito às atitudes e comportamentos habituais de estudo, de um modo geral, existe um maior recurso a técnicas de memorização da matéria, mais evidente por parte das raparigas. À medida que os adolescentes vão ficando mais velhos, os hábitos de estudo não se alteram, e, entre praticantes e não praticantes de actividades física, os comportamentos e atitudes de estudo são idênticos.This study was conducted in order to determine the relationship between gender, age and physical activity, outside the school context, according to parenting styles and study attitudes and behaviors. The sample consisted of 272 students (101 girls and 171 boys) of a school from northern Portugal, aged between 13 and 21 years old (M=15.66, SD=1.71). Two questionnaires were used to assess the different dimensions in the study: Questionário de Estilos Educativos Parentais (QEEP) and Inventário de Atitudes e Comportamentos Habituais de Estudo (IACHE). Regarding to parenting styles, the results showed that adolescents perceived their parents as being more responsive and less demanding. Furthermore, boys and girls perceived parenting styles in the same way, and younger teens (between 13 and 14 years old) perceived their parents as being more responsive and less demanding. Among practitioners and non practitioners of physical activity outside the school context there were no differences in perceived parenting styles. But, when we analyze the variable sex combined with physical activity, we was found that boys practitioners and girls non practitioners of physical activity outside the school context perceived their parents as more demanding than responsive. The results related to study attitudes and behaviors indicate that adolescents, in general, rely more on memorizing content strategies, and that girls, in particular, also give more emphasis on memorization, are more motivated to face study and are more organized in the study. With regard to age and physical activity outside the school context, no differences were found between groups in terms of study attitudes and behaviors. When we combined sex and physical activity, we found that there are no differences between boys and girls practitioners and non practitioners of physical activity outside the school context. We can conclude that, according to parental educational styles, parents tend to adopt a more responsive and less demanding style, being notorious a greater parental involvement with younger adolescents than older ones. Moreover, parents tend to educate boys and girls in the same way, whether practitioners or not practitioners of physical activity. With regard to attitudes and habitual behaviors of study, in general, there is a greater use of memorization techniques of matter, more evident on the part of girls. As teens get older, the study habits do not change, and between practitioners and non practitioners of physical activity, study attitudes and behaviors are identical.2012-10-04T09:53:05Z2010-01-01T00:00:00Z2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/2124pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessLima, Ana Margarida Monteiroreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:38:57Zoai:repositorio.utad.pt:10348/2124Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:02:10.638303Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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